quarta-feira, outubro 28, 2009

Esmiuçando as "antifascistas"


“Quando a Directora da Menina e Moça me pediu algumas palavras para este número comemorativo do XX aniversário, senti que não podia deixar de responder a esse convite. Não que essa resposta me fosse ditada por uma mera cortesia para com as responsáveis da M. P. F., que respeito e admiro. Não que a ela me movesse o gosto, sempre renovado, de ver as próprias ideias ou sentimentos reduzidos à forma objectiva de caracteres tipográficos. Um único motivo me torna presente nas colunas desta revista. Esse motivo é a gratidão muito viva por tudo o que através da M. P. F., eu pude aprender, consciencializar e tornar bem concreto na vida quotidiana.

A Menina e Moça foi para mim, durante o tempo decisivo da minha adolescência, o complemento do clima de entusiasmo e de generosidade, de gosto pelos grandes ideais e de pronto espírito de serviço que as aulas de formação, as colónias de férias e, acima de tudo, o curso de graduadas da M. P. F. (que frequentei entre o 4.º e 5.º anos do liceu) me habituaram a desejar e a querer viver. Mais tarde, durante a experiência, extremamente rica, de alguns anos em que pude colaborar nas aulas de formação moral e nacionalista, o mesmo espírito me foi trazido pela Menina e Moça, onde sempre gostei de reencontrar o ideal, sem mistura, da mocidade, e a disponibilidade, sem reserva, da época da vida em que o coração todo inteiro se dá.
Sobretudo, veio-nos através da M. P. F. (eu não sei mais distinguir entre o que me veio através da Menina e Moça e o que veio através das outras actividades da Organização) a repulsa pela mediocridade consentida e o gosto das coisas duras, que me têm tornado a vida uma difícil mas apaixonante aventura. E, como pano de fundo de toda a formação que na M. P. F. recebi, veio-me a certeza, ao mesmo tempo empírica e mal documentada, da existência de uma vocação própria da Mulher no mundo, base natural em que mais tarde havia de assentar a minha vocação ao serviço da Igreja Universal.

É por isso que eu gostaria de dizer a todas as meninas e moças da geração de hoje que não fechem os ouvidos ao apelo de altura e de sonho que a M. P. F. nelas quer despertar. Que não encolham os ombros, numa pretensão de experiência céptica das pessoas e das coisas, quando a M. P. F. as convida à generosidade e a ocuparem o seu lugar no mundo. Que não se alheiem com desprezo daquelas que procuram ajudá-las a viver a etapa maravilhosa da adolescência. Que não tenham medo de ser diferentes no meio da massa indiferenciada que a civilização do nosso tempo tem produzido.”


Maria de Lourdes Pintassilgo
(Graduada da Mocidade Portuguesa Feminina)
1959


In: “Mocidade Portuguesa Feminina”, Irene Flunser Pimentel,
Esfera dos Livros, 2007, pág. 204.

2 comentários:

Amaral disse...

Bate leve, levemente...
Será gente?! Gente não é certamente, gente não é assim!!!
A madame Cluster, palavra inglesa que significa: Aglomerado de coisas, ou armazenamento num disco, enganei-me no nome, (Flunser).
Sobre a madame pintasilgo,(esta coisa de aglomerados de coisas,e pintassilgos andam sempre de mãos dadas), o lixo, esta-se mesmo a ver, não são só os corvos,ou os abutres que vasculham no lixo.
Afinal o que pretende esta madame Cluster?! Voltei-me a enganar no nome.
A Pintasilgo, já morreu, e a madame Cluster, raios… não acerto no nome! Fluster,(agora soa a gaita), Frustre,raios...não acerto neste nome, Frustre significa: Privar a outrem do que espera com fundamento, Flunser… acertei em cheio… ufa!!! Esta madame atravessou a barreira do Climatério período em que há modficações físicas e psíquicas, e é assaltada por calores vindos sabe-se lá de onde!? Talvez da Palestina!!!
O que existia de comum nestas madames? A Pinto e a... A quê? Já não arrisco tal nome!
A obesidade, a feiura, a habilidade das danças de salões, com Mocidade Portuguesa, ou Judaica, esta última propensa a todo o tipo de oportunidades, e outros atributos ou prendas que não vou referir.

Parafraseando um Homem, um Português, dos autênticos (Vitorino Nemésio)
Eu digo: Sobre a Mocidade Portuguesa:
"Se Bem Me Lembro". ...
E se me lembro!... dos seus voluntários, claro.
Que forma bonita, garbosa e patriota para tantos CANALHAS, de se fazerem passar por lebres, quando eram uns gatos pardos nocturnos!

Humberto Nuno de Oliveira disse...

Caro Z a Stephanie disse-me que o meu amigo ainda nada lhe disse...
Nem parece teu...
Um abraço