quarta-feira, setembro 09, 2009

Voltei. E determinado


Portugal fechou a loja (era comércio local, não era nenhuma grande superfície). Foi trespassado – por meia dúzia de patacas - ao pessoal da pantufa e da serenidade.

Como dizia o nosso saudoso Goulart Nogueira– “eles” tem a perna fofa, não têm passo de alarve. Só vão com Suas Excelências (quanto muito) até ao Algarve.

“Eles” não gostam de nós – dos grilos falantes que os massacram e lhes mostram constantemente os erros e omissões cometidas. Acusam-nos de sermos radicais. Esquecem-se – ou querem esquecer-se - que a situação é que é radical. Enquanto “eles” se entretêm com jogos florais, sem qualquer fino recorte (aliás), continuamos todos os dias que passam a escorregar mais uns metros em direcção ao abismo final.

E o povo espanta-se, encolhe-se, chama-lhes nomes. E omite o facto de haver outras escolhas. As escolhas que nos permitiram ser – durante oito séculos – um verdadeiro farol para a Humanidade.

Erros nossos – má fortuna? Também, mas o boicote é constante. Ainda ontem ouvi alguém dizer – quem? Os nazis?

Achei que devia (tinha de) gastar algum do meu tempo com essa pessoa. E valeu a pena.

Pois vamos a isso. Vamos gastar o nosso tempo. E a verdade há-de chegar a quem deve chegar.

Sempre por Portugal e mais nada.

5 comentários:

Miguel Vaz disse...

Já sentia a falta da prosa do José Carlos.

Já agora, a Visão publicou há poucas semanas uma reportagem sobre a vida e morte de Joaquim Ferreira Torres, atribuindo o homicídio a um comando de «terroristas» de extrema-direita, ligado ao MDLP. Parece-me que muito do que se passou durante o PREC continua por esclarecer.

josé carlos disse...

Obrigado meu Caro Miguel

Tenho andado esmagado pelo trabalho. Mas mesmo esmagado. Vamos a ver se isto melhora.

Li a reportagem. Sobre o MDLP pouco sei de certo, certo. O caso Ferreira Torres deve ter muito que se lhe diga. O que sei é só de boatos e comentários.

Mas tens razão. Muitas coisas do tempo do PREC estão ainda - e vão estar durante bastante tempo - por contar. Já deu bastante jeito, acredita. Talvez um dia, quem sabe.

Miguel Vaz disse...

Acho o PREC um dos períodos mais fascinantes da História de Portugal, principalmente por tanto haver ainda por conhecer e clarificar. Talvez um dia, espero bem, se possa saber mais sobre essa época de paixões em que o país esteve a um passo da guerra civil. Até lá, viveremos dos susurros, dos boatos e das teorias.

Miguel Vaz disse...

Já agora, caro José Carlos, conte com a ajuda da malta do "Putsch da Cervejaria" para a aventura do Santo Condestável ;)

Vítor Ramalho disse...

Podemos criar um blogue sobre o PREC, eu tenho algumas histórias para contar.