quinta-feira, outubro 16, 2008

Le "Pen"

Como eles ficam confusos quando ouvem falar no "le Pen". Até metem os pés pelas mãos. Ou melhor dizendo o orçamento pelo défice.

Há palavras que para "eles" os baralham, e muito. E depois é mais uma barracada...

terça-feira, outubro 14, 2008

Ainda a extrema esquerda ...



Só agora me chegaram as informações sobre o acampamento de Verão dos trostkistas europeus que decorreu em Espanha em Julho/Agosto do corrente ano, com a participação 550 delegado de vários países europeus (quinze) entre os quais Portugal (adivinhem de que partido vinham os "pequenos/as").

Um espanto, um colosso, só vos digo.

A Revolução não faz férias, Lenine dixit, e os "pequenos" subscrevem...

A parte mais interessante teve a ver com a tal "desobediência civil" de que tanto temos ouvido falar. O que eu fiquei a saber. Pois o curso começou a ser dado por um transsexual holandês que explicou ao povoléu como resistir à polícia quando a mesma tenta evacuar um prédio ocupado. Com um tubo e um mosquetão. Receita clássica e efectiva. Depois passou-se às manifs. Como "tourear" a bófia. Com exemplos práticos. Os clássicos: divisão, isolamento de flancos, contra ataque dividido em dois e em três, enfim a receita mais comezinha. E lá foram eles treinando, ao som da internacional, do Hasta siempre Comandante Che, do Bella Ciao (a propósito, vocês viram um anúncio na TV a um bem de consumo supérfulo e de luxo, ao som do Bella Ciao. Não há dúvidas serão os burgueses a fornecer as cordas com que hão-de ser enforcados...) e o Avanti, e ao A las barricadas.

Também houve uma "festa só feminina" (transsexuais não entram...) para se libertarem da pressão dos homens, descomprimir e descontrair das normas da sociedade patriarcal. Também houve a festa dos LGBT (lesbicas-gays-bi-transsexuais). Objectivo: descobrir que "uma outra sexualidade é possível". Nessa noite foi solicitado aos heteros para não assistirem.

Ou seja aqueles acampamentos é que são bons. Maus são os palermas dos nacionalistas que resolvem ir ouvir um concerto ao Algarve. Esses é que tem de ser abatidos. Nem que seja a tiro. Porque eles colocam o progresso da sociedade em perigo.
Sabem que mais: abaixo o fascismo

A vantagem de ser de extrema-esquerda

O actual locatário do Eliseu, Sarkozy, resolveu, segundo parece a conselho da Bruni (como me recordo do Agildo Ribeiro e da história da Bruna...) não extraditar para Itália a militante da extrema esquerda Marina Petrella, sobre a qual pendia um mandato de repatriamento para Itália, para cumprir uma pena de prisão perpétua.

Até aí tudo é discutível.

Mas recordemo-nos que em Abril de 1998 (há mais de 10 anos), Carlo Cicuttini, militante da extrema direita, com residência em Espanha, onde tinha conseguido a nacionalidade daquele país, foi detido em França, perto de Toulouse, vítima de uma armadilha dos serviços italianos, e, logo logo, entregue pela França à Itália, onde sofre uma pena de prisão perpétua, em condições altamente penosas e degradantes.

Recentemente, toda a imprensa transalpina (da tal, da de esquerda), se revoltou contra a hipótese de Cicuttini, cumprir a pena junto da sua família em Espanha. E claro que ficou na penitenciária italiana...

Hoje, esses mesmos jornais alegram-se (e de que maneira) com a atitude magnânime da Bruni e do seu marido. (A Bruni vai ter de certeza um altar em todas as chafaricas marxistas do mundo inteiro...)

Vantagens ... Ser de extrema esquerda é o que está a dar ...

segunda-feira, outubro 13, 2008

Afinal vale a pena ver TV

Como os meus habituais leitores saberão eu não possuo aparelho de TV. Nada de grave nos dias de hoje.

Contudo, ontem, no café que frequento vi uma reportagem sobre um comício dos berloquistas lá nos Açores.

E o que vi, fez-me pena de não possuir o aparelhinho. Caso contrário teria apreciado com muito mais cuidado a peça.

Mas foi um espanto. Dois pormenores deliciosos:

Primeiro: um travesti, completamente vestido e maquilhado como mulher agarrado ao Louçã, abraçado, um espanto. E viram o ar de "desconsolo" do berloquista mor. Delicioso.
Segundo: Louçã aproxima-se da candidata lá do sítio e dá-lhe um beijinho à "tio da Lapa". Contudo ela era mais terra a terra. Deu logo dois beijinhos. Outro desconsolo.

Ou seja o indivíduo bem tenta passar por defensor do povoléu, mas a costela pequeno burguesa está lá toda.

Mais uma vez digo, foi uma delícia...

quarta-feira, outubro 08, 2008

Rir ajuda, ajuda sim



Riam-se um pouco com os disparates neo liberais que para aí medraram durante decénios. Era só "dinheiro" inexistente. Era um jogo do monopólio que em vez de falsas notas se jogava com falsos valores. Mais valia terem ido torrar as massas dos depositantes para o casino. Assim ainda davam umas massas a Stanley Ho.

Mas "eles" nunca aprendem, nem aprenderão. Estão dispostos a arruinar Nações, comunidades e pessoas tudo em nome de umas casas de férias, umas brutas máquinas, um "status", como é bom dizer agora. E o que é mais grave é que nada lhes vai acontecer de mais grave do que baixarem de "status", e levarem as empresas que apostaram tudo no luxo para a bancarrota...
Mas com esses podemos nós bem.

Ah, como faz falta um Estado Nacional forte e coeso ...

terça-feira, outubro 07, 2008

O PBEC

Isso mesmo. Já não se trata do PREC, mas sim do PBEC!

O que entendo eu por PBEC: trata-se do Processo Berloquístico em Curso. Dois recentes acontecimentos vieram revelar este novo fenómeno em curso "neste país".

Um: o caso da sentença. Quando a ler na íntegra vou perceber melhor o que está em causa (está certo que é uma sentença da 1ª instância. Aguardo um Tribunal superior para ver se a Justiça prevalece sobre uma determinada ideologia). A outra é a retirada do cartaz por parte do zé que lhes faz falta a eles.

O Lic em Engª Sousa não vai ter maioria absoluta. Precisa da muleta da "sinistra". O balão de ensaio da CML funciona a contento de ambos. Resultou. Por isso depois das eleições preparem-se.

E não sou só eu a notar. Vejam as movimentações do PC destes últimos tempos. O Jerónimo é notável, temos de reconhecer.

Mas preparem-se para tempos bem maus num futuro muito (mas mesmo muito) próximo.

É garantido. Está certo que o filho do almirante não é o Vasco Gonçalves, nem sequer lhe chega aos calcanhares, mas que vai tentar, lá isso vai...

O meu 5 de Outubro...

Homenagem ao meu muito querido Rodrigo Emílio.

Na voz de António Moreira da Silva, que também integrou o In Nomine, do Disco "A Son(h)o Solto", com música de Campos e Sousa, de 2001, duas canções com letra do Rodrigo:

Serenata ao Rei Menino



Ai Flores do verde Rei

sexta-feira, outubro 03, 2008

Entregues aos comunistas 1945



Mesmo com greves de fome, tentativas de suicídio, nada feito, foram salvos para serem fuzilados dalia a uns dias...

Tal como fizeram a Laval... salvaram-no do veneno para logo de seguida o fuzilarem...

O que vale é que "eles são superiores (Mário Soares dixit)

Mais superioridade moral "deles"



Praga 1945

Acrescento ao trabalho do Nonas



O Nonas, no 7 de Setembro, deu-nos uma boa lista de livros relacionados com o 7 de Setembro de Moçambique. Faltam contudo alguns livros que vos quero recomendar. Comecemos pelo livro do Comandante Pedro Marangoni ( do livro Opção pela Espada, Editora da Mantiqueira São Paulo, 1999).

Com direito a filme e tudo. Mas há mais.

Até um com prefácio do meu muito caro e inesquecível Abel Tavares de Almeida. Vou ver se consigo acabar este assunto

Mas respinguemos algo do livro do combatente brasileiro, que tanto deu a Portugal:

"7 DE SETEMBRO
Alerta absoluto nos quartéis. A Rádio Clube de Lourenço Marques foi ocupada pelos revoltosos; os emigrantes portugueses da Rhodésia estão cruzando a fronteira, outras rádios são ocupadas.
É o dia 7 de setembro de 1974.
A prisão da capital é invadida pelo povo, centenas de agentes da DGS que lá se encontram são libertados.
Daniel Roxo, líder das milícias do Niassa, lança um apelo para que elas colaborem com a revolta. Lanço mão de um Land Rover da Missão e reunindo os milícias com rapidez, lhes explico a situação e peço que se metam no mato com suas armas caso a Marinha tente desarmá-los.
Nesta confusão não sou incomodado e instalado na casa do padre sigo os acontecimentos pelo rádio. Dois dias se passam e os rebeldes se consolidam. Muitos militares aderem, toda população está nas aias, mas pacificamente. Até agora nenhum tiro foi dado, mulheres e crianças ocupam as rádios da colónia. .Então no dia l0 a senha ainda há estrelas no céu foi substituída por galo, galo, galo, amanheceu! e veio a reviravolta. Tropas do Exército mandadas por comunistas esmagam violentamente a caseira revolução. Moçambique já estava vendido e era preciso entregar a mercadoria em dia.
Blindados e tratores empurram o povo para longe dos edifícios ocupados. Em conluio com a Frelimo, os nativos dos arredores dirigidos por agitadores profissionais invadem as ruas, queimando, saqueando, violentando as mulheres brancas de qualquer idade, sob a complacência das Forças Armadas Portuguesas.
Os comandos são proibidos de saírem às ruas, o governo pensa em desarmá-los.
Tomo um táxi aéreo e saio de Metangula, indo para Vila Cabral, onde tenho que esperar uma semana pelo reinicio dos voos para o sul. Neste curto espaço de tempo sou contatado por um grupo de "progressistas", que sabedores da minha intermediação no encontro Frelimo-Bispo, pedem minha colaboração. Como sempre, não me faço de rogado e infiltrado no esquema, posso sabotá-lo melhor.
Para o encontro não tenho dificuldades: o padre superior da Consolata e mais outro padre italiano já me haviam falado de suas relações com os turras (nome dado aos terroristas) e através deles três guerrilheiros chegam em Vila Cabral, transportados por mim, fazendo uma "palestra" à população local, demonstrando a todos o seu despreparo e ignorância! E para o cumprimento da minha "nobre missão em prol da independência", tinha livre acesso a qualquer hora ao gabinete do governador do distrito, além de um avião Auster caso necessário!
Neste ínterim em Nampula o brasileiro E. C., na OPVDC, participara ativamente na revolta e agora com uma viatura, ajudava os comandos do Exército Português a desertarem rumo a Rhodésia. Fugirá por sua vez para a África do Sul.
A opressão é grande em todo Moçambique. O Governo dá praticamente a colónia de presente à Frelimo, que nem efetivos tem em número suficiente para controlar apenas a capital. Tropas da Tanzânia, fantasiadas de "guerrilheiros nacionalistas" começam a entrar no território.
Chego em Lourenço Marques a tempo de participar da revolta dos comandos. Inconformados com que viam, com a covardia das tropas regulares assistindo mulheres brancas sendo violentadas e mortas, os grupos especiais se sublevam e nas ruas da capital atacam os homens da Frelimo que se pavoneiam como vencedores da guerra. Estes se defendem até com lança-foguetes RPG-2, aumentando o número de mortos civis. Batalha nas ruas.
Os nativos invadem novamente a cidade. Em um carro particular enfrentamos nas esquinas, com granadas e armas ligeiras, a corja de assassinos que a tudo saqueia e destrói.
De Portugal vem a ordem para embarcar os comandos; muitos fogem para a Rhodésia, engrossando as fileiras dos que pretendem retornar de armas na mão.
A violência da Frelimo e dos marginais, agora livres para saciar seus instintos, aumenta contra os brancos. Escondo-me numa paróquia - sempre os padres me salvando! -e aguardo os ânimos se acalmarem para fugir daquela fogueira.
Os africanos fazem controles nas ruas em grandes grupos, barrando e roubando os carros que se aventuram a passar. Muitos são incendiados e caso reajam os ocupantes são imediatamente massacrados. As brancas, em hipótese alguma podem sair às ruas.
Foi restabelecido o tráfego ferroviário e resolvo partir. Levo minha arma na bolsa tiracolo, juntamente com quatro granadas de mão.
O padre me dá uma carona em seu VW e mal dobramos a primeira esquina deparamos com uma turba armada, que revista os carros e as malas! Na calçada ainda arde um Ford Escort, tombado por eles...
Somos barrados e cercados pela multidão negra. Minha bolsa está à vista no banco de trás, mas nunca conseguiria sacar a arma ou as granadas a tempo. E irão revistá-la! Sinto-me empalidecer intensamente, acabou-se, me vejo massacrado até a morte. Se puder agarrar minha arma venderei caro minha pele. Só sinto pelo padre, estou desolado, o infeliz não sabe de nada e pagará igualmente. Decido que tentarei reagir quando forem apanhar minha valise, pois estarei perdido de qualquer maneira.
O padre abre o porta-luvas para mostrar que não há nada e o negro, com a cabeça metida dentro do carro olha para a tiracolo no banco traseiro. Deixo de respirar. Subitamente pergunta:
- Não é o senhor padre?
- Sou sim, meu filho.
- Ah, bom, passa, passa!
E a massa humana abre caminho para o VW, que arranca devagar, levando como passageiro um aprendiz de guerreiro semimorto de tensão...
Não mais abri a boca, afundado no assento, até me despedir daquele santo padre!
Com o bilhete comprado não mais me arriscaria inutilmente, agora que faltava pouco para abandonar um inferno em que muitos brancos haviam deixando o pêlo. No banheiro desfiz-me do pequeno arsenal no cesto de lixo e tranquilo fui esperar a hora da partida.
Ainda seria revistado duas vezes durante a viagem por guerrilheiros armados, a quem tive que dar explicações sobre o funcionamento do meu pequeno barbeador a pilhas, para eles uma granada. Um inclusive saltou comicamente para trás, assumindo posição de defesa, ao ouvir o zumbido do aparelho!... Foi com alívio que os vi saltar do trem e 100 metros à frente cruzamos por uma placa onde estava escrito: Vila Salazar-Rhodésia. Adeus Moçambique, ou melhor, até breve, voltarei! Fui ao vagão bar e deixei que as "Lions" vazias se enfileirassem em minha frente..."