terça-feira, abril 29, 2008

E gastam-se milhões com as novas pistolas, para quê?

Só se for para armar - com armas topo de gama - os malandrins.

Se "eles" já não conseguem garantir a sua segurança própria, das duas uma: ou contratam a Securitas ou fecham as portas.

A pistolinha lá do da judite do "carjacking"do Porto lá foi parar a "boas mãos". As de Moscavide não foram, porque eles não quiseram.

Não perca: Em cena numa favela perto de si.

Omissões

Leitor atento chamou-me a atenção sobre a minha omissão de botar faladura sobre o Cónego Melo.

Aceito a farpa, merecida é certo.

Mas poderia desculpar-me dizendo que este mês foi mau a nível profissional e patati patatá (verdade nua e crua).

Mas não foi só por isso. A mesma razão que me levou a não falar sobre o Cónego Melo foi semelhante ao tempo de meditação que a mim próprio me impus aquando da morte de João Coito.

Tenho dificuldades, por vezes, de falar de algumas pessoas, coisas ou situações.

Mas não há nada como uma provocação para nos impor uma reflexão.

O Cónego Melo - e digo-o com toda a sinceridade - foi um Homem imprescindível num período crítico da História de Portugal. E foi também um Homem Providencial.

Lidei com ele apenas e só após a vergonhosa campanha feita para o tentarem associar ao assassinato de um tal Max (ao que consta foi sacerdote). Os caminhos percorridos na resistência a Moscovo e Washington foram diversos. O Cónego Melo, mercê do seu carisma e capacidade de trabalho - e uma extraordinária lealdade ao seu Bispo - conseguiu "liderar" uma revolta popular no Norte, muito semelhante à revolta contra os afrancesados da 1ª invasão napoleónica.

Honra lhe seja dada. Mas também inibiu e impediu um outro tipo de resistência mais complexa que se desenhava na altura. Acho que a ele se lhe deve o "regime" que actualmente nos governa. Certo estou que não estariam na sua mente as consequências da sua actuação. Preferiu (à portuguesinha...) uma "coisa comezinha, sem grandes estardalhaços" a uma autêntica luta contra os invasores.

Foi sincero. Acreditava nisso. Foi para todos os efeitos um Homem Bom. Um Patriota. Um Homem da Igreja. Leal, Prudente, Corajoso.

Quem lhe conheceu o pensamento e a acção só o pode considerar um Homem de Bem.

Paz à sua Alma, e que os que - ainda hoje - o acusam de tantas malfeitorias metam a mão na consciência e vejam que se cá estão a ele o devem...

A palavra é bonita, não é?

O Licenciado Sousa no dia do Tratante referiu algo de extraordinário.

Disse gostar da "palavra" Pátria (é bonita, é aberta, é poética, é musical, tem prosódia, digo eu). Mas sobre o "conceito" disse nada...

Aliás, minto, disse. E disse o quê? Que para ele Pátria devia estar junto com progressista. Ou seja Pátria Progressista é que é!

Bem dizia o falecido camarada Fanan: "Acordei pensando que tinha a minha Mãe a meu lado e descobri horrorizado que em vez da Mãe estava a Madrasta". Sim porque ela tinha morrido e ninguém nos disse nada.

Pois eu, meus Caros, continuo a Amar a minha Mãe Pátria, e não preciso de a adjectivar. Mesmo estando ela morta!!!

4 anos !



O Pena e Espada fez 4 anos. Parabéns a todos nós que o disfrutamos com tanto prazer. Que continue por muitos e bons anos.

Como prenda aqui vai um poema do muito nosso Pessoa. Que se aplica a 100%. Aplica-se a todas as perseguições sofridas e a sofrer. Sim porque "eles" não largam:

"Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, / Não há nada mais simples, / Tem só duas datas a da minha nascença e a da minha morte, / Entre uma e outra coisa todos os dias são meus."

Sim são dele, mas felizmente também são nossos. Obrigado!

São só os jovens?

O Professor Silva ficou muito preocupado com o desconhecimento dos jovens sobre o 25 do 4.

Algumas reflexões.

Esta data continua a desencadear opiniões muito desencontradas entre a geração que o viveu. Viu-se na cerimónia. De um lado - a esquerda catita - todos e todas com a flor oficial da união soviética; do outro lado - nada. Ou seja a divisão é total.
Se "eles" não se entendem, se "eles" não tem coragem de assumir tudo o que fizeram à Pátria Portuguesa, se a queixa crime contra os responsáveis foi arquivada, o que é que eles querem?

Dêem tempo ao tempo. As futuras gerações de portugueses (se ainda existirem) os julgarão e estou seguro que a História NÂO os absolverá!!!

segunda-feira, abril 28, 2008

E depois como e que "eles" apreendem?


O Secretário Geral do Conselho Central Judeu da Alemanha, Stephen Kramer defendeu que o livro de Adolf Hitler, Mein Kampf, deveria ser colocado on-line na Internet (comentado, por eles, é certo). Duas razões: uma pedagógica e outra lembrando-se que em 2015 o Estado Bávaro perde os direitos de autor de que dispõe. Depois é que vai ser um fartote...

Só uma dúvida. Depois como é que eles fazem para apreender os livros? Apreendem a Internet? Capazes disso são eles...

Piazzale Loreto




A minha Homenagem aos Profanados de 28 Aprile.

Colossal ... Piramidal ... Bestial !!!

Lido no Camisa Negra:

«Através das escutas telefónicas e da monitorização do site fórum nacional chegámos à conclusão que se tratava de um forum de cariz nazi, fascista, racista, xenófobo e homofóbico, em que alguns personagens resolveram associar o nacional e o social, e através do qual os individuos pretendiam criar uma rede/network ligada às células/chapters no estrangeiro, que por sua vez têm ligação com o terrorismo internacional, isto com o objectivo de levar a cabo atentados e derrubar o estado de direito democrático.»(sic, resic, retudo)

Isto não é nenhuma anedota, ao contrário do que possam pensar.

"Isto" é a acusação contra os elementos que estão a ser julgados.

Depois daquela coisa da confusão entre o neo-fascismo italiano e o neo-nazismo alemão e inglês só nos faltava mais esta.

Meu Deus ... ao nível a que "eles" chegaram. E o que é mais grave é que dizem estas coisas sem se rirem.

E isso, meus caros, preocupa-me. Não dá para rir, não. Dá antes de tudo para chorar. Imaginem as nossas "elites" assim e calculem o "país" em que nos estão a transformar!

Por Amor de Tudo o que é Sagrado na Vida, estudem, s.f.f.

Apostilha: "associar o nacional e o social" que grande admiração. O que "eles" sabem sobre os nacionalistas é de bradar aos céus!

quarta-feira, abril 23, 2008

Boutade genial!

A de um comentário a um postal que li sobre o tal Monumento em que o Sr. Costa (O gasta milhões) mandou colocar lá para os lados de S. Domingos.

E dizia o comentário: "aquilo não é um monumento é um mictório para cães".

Que certeza de análise. Aposto dobrado contra singelo que vai ser a principal função do dito. Os canídeos de Lisboa agradecem...

A propósito do Campo dos Melros

Os muito nossos Humberto Nuno e Duarte Branquinho não tem deixado de permanentemente falar do Kosovo (Campo dos Melros, em linguagem eslava), berço da Nação Sérvia e local sagrado das principais batalhas contra os inimigos da Europa - os Turcos.

A propósito deste assunto não quero deixar por dar à estampa em Portugal um pensamento de alguém que me é muito querido (no campo intelectual) - Peter Handke.

« O mundo, ou seja o auto proclamado mundo sabe tudo sobre a Jugoslávia e a Sérvia. O mundo, ou seja o auto proclamado mundo sabe tudo sobre Slobodan Milošević. O mundo, ou seja o auto proclamado mundo sabe toda a verdade. É por isso que a auto proclamado mundo está hoje ausente, e não somente hoje, e não somente aqui. É por isso que o auto proclamado mundo não é o mundo. Eu não conheço toda a verdade, mas olho, escuto, sinto, recordo, estudo, pergunto-me. E é por isso que eu estou hoje aqui presente, perto da Jugoslávia, da Sérvia, de Slobodan Milosevic ».

Com isto está tudo dito. Os seja os nossos HNO e DB também estão hoje aqui presentes. Bem hajam.

Apostilha: esta cabeça já não é o que era. Então não é que eu queria dizer melros e disse corvos. Internem-me, por favor...
O que me valeu foi a bicada do HNO

Em Abril, Traições Mil

É hoje aprovada a completa, total, absoluta e expressa entrega (e capitulação sem condições) de toda a nossa soberania aos senhores de Bruxelas. (pena de morte incluída).

Raios partam os dias de Abril!!!!

Nasci de Mãe e Pai portugueses, vou morrer entregue à bicharada! Tenho nojo desta época em que vivo, destes indivíduos que me rodeiam. Deste impuro e detestável ar que sou obrigado a respirar! E tudo por umas míseras moedas, que junto por junto nem 30 dinheiros devem valer!

terça-feira, abril 22, 2008

É amanhã que é restabelecida em Portugal a Pena de Morte!

Só para inimigos (políticos) deste regime...

E ninguém fala disso.

Porque será?

O Tratado vai ser aprovado sem sequer haver discussão...

Os deputados vão todos levantar-se e aplaudir freneticamente.

Apostilha: Será que pelo menos um leu o tal documento?

Na morte de um verdadeiro adversário

Morreu Francisco Manuel Martins Rodrigues. Ex membro do Comité Central do Partido Comunista Português, (Campos) do qual foi expulso (Cunhal nunca lhe perdoou). Junto com o D'Espiney e o Pulido Valente fizeram a Frente de Acção Popular, que se distinguiu por ter iniciado a luta armada contra o anterior Regime.

Pós 25 do 4 foi um dos principais membros da chamada extrema esquerda. Foi igual a si próprio em toda a sua acção política.

Foi um adversário que nunca enganou. Se tivesse conseguido ter-nos-ia morto a todos. Era contudo um espírito que nunca vacilava. A sua Política Operária, (pós - 25 de Novembro) revista que sempre li com prazer, foi um marco na extrema esquerda portuguesa.

A sua análise do 25 do 4 foi sempre, quanto a mim, a mais bem fundamentada da esquerda portuguesa.

Quem desejar lê-la nada melhor do que procurar na net a sua conferência, em Maio de 2002, nas VI Jornadas Independentistas Galegas. Trata-se de um documento fundamental para a percepção do 25 do 4 visto pela esquerda.

Como adversário foi leal, porque nunca escondeu o que pretendia e como o pretendia. Sabia que podia matar e sabia que podia morrer. Teve sempre por nós (os seus verdadeiros adversários) um profundo respeito.

Também nós - os que o combatemos - lhe demos o mesmo respeito.

Agora que morreu apenas desejamos paz à sua Alma.

segunda-feira, abril 21, 2008

ISTO É QUE É O “TRATADO”, FEITO PELOS “TRATANTES!!!!!!



Pois é, meus Amigos.

À socapa, como é timbre “deles” a partir da ratificação do Tratado do Mar da Palha (ou de Lisboa, como preferirem) é reintroduzida na Europa a pena de morte.

Desculpem a crueza da imagem acima publicada, mas é isto que “eles” fizeram.

Mas como?, se ninguém fala disso, dirão os meus estimados leitores. Pois é muito simples.

Uma série de juristas alemães e austríacos que leram o tal do tratado (nomeadamente Albrecht Schachtschneider e Helga Zepp – Larouche – veja-se Helga Zepp Larouche, «Demand a referendum on EU Lisbon Treaty», EIR 7 Março 2008. Ver também : «Death penalty in Europe: only for enemies of the state», Brussels Journal, 13 abril 2008.) chamaram pela primeira vez a atenção para as consequências jurídicas de uma nota de fim de página ( o tratado tem centenas).

E senão vejamos:

O tratado diz: “è abolida a pena de morte”, mas tem uma chamada de pé de página em que se diz: “excepto em caso de guerra, de desordem e de insurreição (war, riots, upheaval – no texto inglês). Como compreenderão este facto é de uma gravidade jurídica extrema. È inserido na ordem jurídica (vinculativa) europeia uma nota sem qualquer definição ou limites, com o objectivo de os estados poderem fazer cumprir a pena suprema. E sem regulamentação. O que é uma desordem? O que é uma insurreição?
E quem julga? Quais os limites para as manifestações (ou desordens)?. Quem definirá estes casos como passíveis de pena de morte? Quais os Tribunais? Normais, especiais, ad-hoc, populares?

E mesmo em caso de Guerra. Caso se trate de operações contra o “terrorismo”. Quem o define como tal? Terrorismo é lutar contra os sionistas e os americanos? E quem julgará os outros? Os da “ordem”?.

E quais os direitos de apelo? Para o Presidente ou Rei de cada País? Para o Presidente da UE?

Meu Deus, ao que chegámos.

E aposto singelo contra dobrado que os nossos queridos parlamentares vão aprovar o tratado no dia 23. Sem um queixume. Mais, aplaudindo de pé e extasiadamente.

Apostilha: Quem for contra a ordem estabelecida comece a preparar o pescocinho, porque qualquer dia toca-nos a “nós” o baile na corda...

domingo, abril 20, 2008

Calvin Klein - Sempre na moda



Uma absoluta e inalienável - contudo, serena - Fidelidade:
A favor e contra tudo!

sábado, abril 19, 2008

A anedota pegada




São estes os brilhantes governantes da eurolândia.

Como podem observar não lhes falta charme nem bom gosto!

Anedota de décadas...

Segundo um livro que vai ser publicado e que ontem foi objecto de uma grande reportagem no Público, o "heróico capitão de abril (sic)" Salgueiro Maia mandou disparar as metralhadoras contra mulheres, velhos e crianças que estavam dentro do Quartel do Carmo.

Recordo a propósito que aquando do cerco ao Alcazar de Toledo os socialistas, comunistas, trotskistas e anarquistas, deram possibilidade (antes de atacarem o quartel) de serem evacuadas as mulheres, velhos e crianças que lá se albergavam.

Porque será que o homem que tem estátuas, pontes, etc..., não disparou contra os tanques da Cavalaria 7 e disparou contra civis?

Só peço encarecidamente a um oficial de cavalaria (que também estava à data na EPC e que assistiu a muito) que conte o que sabe. Era um serviço público...

Anedota da semana - II

O senhor Pacheco Pereira deu-nos hoje, no Público, uma perspectiva "linda" sobre os desertores e refractários fugidos à Guerra do Ultramar.

Segundo aquela bela cabeça eram "patriotas"!!!!!

Mas também ele não diz qual a Pátria que eles amavam e defendiam. Podia ser (à escolha) a pátria do socialismo ou a pátria do capitalismo.

Logo a anedota perde toda a graça.

É pena...

Anedota da semana

Então eles levam 5 e o Luís Filipe que se demite é o do psd?

sexta-feira, abril 18, 2008

O senhor bensaude e o rolha


A esquerda deve estar hoje toda de luto. Depois do Otelo, vem o sr. Bensaúde (à data dos factos bem - mas mesmo bem - ligado à esquerda catita que queria abichar para todo o sempre este país) louvar o bom do xico rolha, a propósito do lançamento da biografia desse indivíduo.

Ou seja para a esquerda e para os investigadores universitários o rolha impediu a guerra civil. É com essa história que nos matraqueiam a cabeça há bons anos.

Mas a verdade verdadinha é que ele impediu a sua própria derrota. Como devem calcular uma guerra combate-se com munições. Os carros de combate e a deslocação de tropas consomem gasolina ou gasóleo. Alguém já se deu sequer ao trabalho de ver quantas munições é que o lado da esquerda (e a sua comuna de lisboa) dispunham à data do 25 de Novembro?

E quais as possibilidades (sem domínio aéreo e acesso a fronteiras terrestres ou marítimas) de resistência é que eles dispunham?

Cunhal não mandou sair os fuzileiros porque sabia - tão bem como "nós" - os números. E acima de tudo não era nada parvo.

Mas o bom da fita é o sr. xico rolha.

E se fossem dar banho ao cão!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades ...


«na conjuntura económica mundial, com a concorrência asiática, nenhum Governo faria melhor do que o actual em termos económicos»

Otelo dixit. Ontem em Fafe, onde se deslocou para falar do pronunciamento do 25 do 4.

Ou seja, também ele já se rendeu ao espírito socretino imperante!

O que os do berloque não devem estar a pensar...

E porque não em fritura de pastéis de bacalhau?



Vi hoje o DR 2º série, 51 de 12 de Março de 2008, página 10670 e seguintes.

Adorei.

A Universidade do Algarve vai fazer uma Mestrado em Manutenção de Campos de Golfe.( com 120 ECT - Bolonha)

Como vocês devem calcular a falta que faz ao Mundo este Mestrado. E para quando o Doutoramento? E a abertura da Cátedra?

Meu Deus como a nossa universidade pública está evoluída!

Isto sim é que é serviço público de educação!

Somos os maiores, Yo!

quinta-feira, abril 17, 2008

Um dia depois ...



Só hoje tive uma nesguinha de tempo para lembrar o enorme António Lopes Ribeiro.

Coloco um dos seus mais famosos poemas, dito por João Villaret. Ontem tentei ver se uma cópia da Revolução de Maio que possuo (ainda em beta) estaria visível, mas o cansaço já era tanto que nem para isso deu.

Recordei-me dele - dos últimos tempos. Da Rua, onde integrava aquela equipa de galácticos (Múrias, Amândio, Couto Vianna, Soutullo, Morais, Rodrigo Emílio, Jasmins, Walter ...) que fez mesmo o combate do futuro. Que simplicidade, que bom gosto, que talento, que combatividade. Era de uma outra têmpera. O que eu - e todos nós - aprendemos com ele. O gozo que me dava confrontá-lo com as suas opções estéticas (desde a pintura à fotografia).

Não haja dúvida eu fui toda a vida um privilegiado. As pessoas com quem me pude cruzar ao longo da minha vida. Tem valido mesmo a pena! Assim é bom viver!

segunda-feira, abril 14, 2008

16 euros para o galheiro ...



Pois é lá gastei eu 16 euros para mandar vir o livro, e agora bem arrependido estou.

Quando li as críticas cheguei à conclusão que o nosso "autor semita" foi buscar aos seus antepassados as terorias freudianas para fazer a psicanálise do fascista.

E a quem é que o nosso homem recorre?

Pois a Klaus Theweleit autor de um livro que li em francês e que no original se chamava "Männerphantasien", ou em português as "Fantasias de Macho". Livro já com bem mais de 20/25 anos.

Nesse livro, o autor, também da nacionalidade de Litell, psicanalisa o "fascista", ou (para ele) o macho - soldado, intuindo deficiências na sua formação de infância, (recorrendo-se de autores como Melanie Klein e Margaret Mahler) e da psicose (sobretudo trabalhos de Michael Balint ), assim como conceitos herdados de Deleuze e Guattari. O modelo freudiano da coisa, do eu e do super eu, e logo de Édipo (segundo o bestunto do autor) não pode ser aplicado a um fascista porque de facto ele nunca se separou da mãe, logo nunca se tendo constituído como um eu, no sentido freudiano do termo.

Logo, o "fascista" não nasceu ainda completamente. Não é contudo um psicopata, realizou apenas uma separação parcial; ele sociabilizou-se, fala, escreve, age, e de forma eficaz, além do mais toma para si o poder. Para aí chegar tomou a forma de um Eu exteriorizado que toma a forma de uma carapaça ou de uma armadura muscular.

Ora depois de se ter lido o "instigador" que esperamos nós do "instigado". O pior, como é óbvio. Eu já aturei em devido tempo (por casamento) uma mulher psiquiatra. Chegou-me para compreender a verdadeira dimensão daquela gente a quem eu apelidava - muito a propósito - de uma cambada de feiticeiros. Só não percebi, nem percebo para quê o ela ter suado as estopinhas para frequentar (na época) um curso de Medicina. Enfim ... Não falemos mais disto.

Mas para concluir sou obrigado a dizer. Vou receber o livro (já o paguei). Vou oferecê-lo. Já li o outro e já me chegou.

Sim porque eu não sou masoquista!!!

Apostilha: Agora os meus estimados leitores já percebem o internamento num Hospital de Loucos de Ezra Pound, levada a cabo pelos americanos. E também o uso da psiquiatria para internar os opositores ao comunismo na União Soviética.

Sim porque para eles quem não achar que a "democracia deles" e o "comunismo" não são os sistemas ideais, leva com o Freud em cima e vai de cana... num hospital psiquiátrico

Nós Continuaremos ...

Hoje li um comentário/resposta de um pretenso salazarista a uma “provocação” de João V. Claro sobre Marcelo (sim o das greves...)

Sei muito bem da alta capacidade de resposta e de argumentação daquele que (debaixo do - mais que honroso - pseudónimo de quem vê bem claro) recordou no “Salazar – Obreiro da Pátria” os textos por mim publicados sobre a Marcelírica. O que ele vai responder (se tiver pachorra e vontade) vai arrasar o plumitivo admirador da marcelagem.

No entanto dei comigo a pensar se valeria a pena eu meter-me no barulho. E como sempre quando tenho dúvidas consulto o oráculo do costume – o muito nosso Rodrigo Emílio.

E ele estou certo concordou com a minha tomada de decisão. Não vale a pena gastar cera com tão ruim defunto. Camões disse-o de forma exemplar “ O fraco Rei ...” e Charlote Corday antes de subir ao cadafalso também ela foi exemplar sobre a demissão e fraquezas reais. Marcelo não passará à História, será apenas um asterisco. Um triste e apagado asterisco cuja única recordação será a de quem propiciou o fim histórico de Portugal. A ele e à sua “entourage” se deve o descalabro! Ponto final.

Apostilha:

Esta conversa com o Rodrigo fez-me bem. Passados 4 anos sobre a sua desaparição física ainda hoje continuo com pensamentos “rodriguísticos”. Cada dia que passa mais o compreendo, mais o estimo, mais o estudo.

Hoje, sei-o, Rodrigo sempre frequentou os espaços desconhecidos do espírito humano, espaços em que a lucidez e o génio estão lado a lado com o “desmedido gesto” mais selvagem. Um espírito de um príncipe da verdadeira noite (aquela que precede sempre o amanhecer).

Blondin, Verlaine, Nimier ou ainda Céline (alguns dos seus irmãos mais dedicados); as canetas mais insolentes e aceradas da literatura e da poesia. Autores de obras marcadas por uma estética e uma ética levadas ao extremo, mas acompanhadas de uma busca incessante de vertigem, de velocidade de uma “embriaguês” do coração do mundo moderno, e cuja escrita lhes serve de veículo. Estes são os escritores malditos, que o “sistema” cala e omite.

Mas essa maldição Rodrigo sempre aceitou. Para ele Cultura, Tradição, Modernismo, Frescura e Impertinência eram essenciais à sua forma de ser e estar no mundo. Nimier, outro maldito morreu jovem ao volante de um poderoso carro, transgredindo (transgredindo sempre) os limites de velocidade impostos pelos “republicanos regulamentos de velocidade”. Drieu (ainda outro) despediu-se deste mar de lágrimas num gesto voluntário de sacrifício perante o fétido mundo que o esperava. Rodrigo ignorou sinais e sintomas e partiu – também ele voluntário (como sempre) – em direcção ao panteão dos Príncipes da Noite.

Hoje, já não existe Aristocracia Literária viva. O reino de hoje é dos saramagos...

2ª Apostilha



Quero recordar as palavras de Arno Breker que conta a sua despedida de Céline, aquando o visitou pela última vez em Meudon: “Quando estava de saída, Céline disse-me: Isto não é um Adeus, nós os dois continuaremos”. Cingindo-lhe fortemente a mão disse-lhe emocionado: Assim seja, meu caro e grande Amigo”

sexta-feira, abril 11, 2008

Estou cheio de medo!

A tiritar mesmo. E de quem? Pois da extrema-direita, é claro.

Porquê, perguntarão alguns. Pois porque acabo de ler a magnífica prosa da D. Joana AD (dos berloquistas caviar) hoje dada à estampa num jornal gratuito distribuído com o Público e que dá pelo título de Sexta.

E que é que a preclara mente caviarista nos revela?

Nada mais nada menos que:

"... há mais de duas décadas só existe violência política com origem na extrema-direita"...

E eu é claro descobri logo que afinal os rapazes das FP 25 eram todos uma cambada de fascistas! O Otelo (eu bem desconfiava - ele foi da Legião, ele foi ao enterro do Salazar ... ele vendia apartamentos...). O Mouta Liz, o Virgolino, o Engenheiro (que afinal não era engenheiro), foram todos (de certeza) da Mocidade Portuguesa.

Os assassinatos e os roubos afinal eram feitos em favor da extrema-direita. O resto era fachada...

E o arrastão?, e os facínoras fascistas que de cocktail molotov na mão, barras de ferro, etc subiam o Chiado o que pretendiam era lançar a confusão. O que eles queriam era implantar o fascismo em Portugal.

Ou seja eu estou em pânico porque a extrema-direita tem capacidades de simulação extraordinárias. Eles são capazes de tudo para alcançar os seus intentos. Já não vou conseguir dormir descansado.

O perigo fascista afinal é bem real!!!

Bons tempos em que os eleitores eram consultados

Faz hoje 75 anos que a Constituição de 1933 entrou em vigor.

Apresentada ao povo, para discussão, a 28 de Maio de 1932, foi objecto de referendo constitucional no dia 19 de Março de 1933.

Resultados da votação:

A favor: 59,32%
Contra: 0,49%
Abstenção: 40,19%

Ou seja, apesar de toda a propaganda de que as abstenções contaram como votos a favor, a verdade, verdadinha é que mais de 59% dos eleitores votaram a favor.

Como eram diferentes os tempos de então. Nessa altura os "fascistas" consultavam o povo quando eram assuntos importantes (a Constituição, por exemplo). Hoje, os "grandes democratas" vão aprovar dentro de dias o Tratado de Lisboa, ou também intitulado "Tratado do Mar da Palha" (local à vista do qual foi parido) sem ligar bóia aos nossos queridos votantes que tanto dinheiro dão a ganhar às cinco máquinas partidárias que "governam" esta loja aseasada em que (sobre)vivemos.

E vivam os democratas! Viva!
E já agora viva a careca do noivo ...

quinta-feira, abril 10, 2008

Mais senhor Littell


A última produção da “Hitler Industrie”

Assim, tal e qual, intitulava o semanário Die Zeit, a edição alemã do livro “Les Bienveillantes”, de Littel.

Depois do fracasso da edição portuguesa aproxima-se a passos largos mais um falhanço editorial. Neste caso na Alemanha. Como o editor pagou 450.000 euros pelos direitos, teve de elaborar uma grande campanha de publicidade de que resultou a venda em poucos dias de cerca de 120.000 exemplares. No entanto a segunda edição está comprometida. As criticas ao livro tem sido demolidoras.

Intriga artificial e “chata” chama-lhe o historiador Ulrich Herber, o Frankfurter Allgemeine Zeitung denuncia a ausência de qualidades literárias; O Die Welt denuncia o livro por conter “todos os clichés do kitsch nazi”… E etc ...

Apostilha: a ver vamos (com muito cuidado) O seco e o húmido do mesmo autor sobre Degrelle. Sinto e calculo que vá ser um espanto. Mas os editores vão ganhar muito pilim...

A propósito: Saiu hoje (finalmente) o livro “Le sec et l’humide”. Já o encomendei. Depois eu conto

Assim se vê a força deles ...

A Companhia de caminhos de ferro alemã está em guerra com a comunidade judaica residente neste país europeu.

Causa: A Deutsche Bahn recusou as condições impostas pela organização de um comboio de propaganda da deportação de judeus durante o período nacional socialista. “O comboio da recordação” chama-se o referido projecto.

Os organizadores queriam (à viva força) estacionar o dito comboio na gare central da novíssima estação do centro da cidade.

Os responsáveis da companhia recusaram devido ao facto de terem de reprogramar a circulação de mais de 30 composições e além de mais a máquina a vapor do tal projecto desencadear de imediato o disparo de todos os alarmes de incêndio da nova e ultra moderna estação.

Sugeriram então a utilização de outra estação, que não foi aceite pela comunidade judaica, visto ser servida por uma estação de metro periférica.

Também acresce o facto de a DB recusar a gratuitidade de circulação do tal comboio (como empresa que é).

Conclusão: um dos responsáveis da comunidade semita qualificou o “patrão” dos caminhos de ferro alemães, Sr. Hartmut Mehdorn de “nazi” e de “führer".

A propósito. Passam hoje 75 anos da data em que o Parlamento Alemão concedeu plenos poderes a Adolfo Hitler para conduzir os destinos da Alemanha.

Apostila: Vale uma aposta que os alarmes da estação vão mesmo disparar todos e que 30 comboios vão ser desviados...

Ou como dizia o outro “Assim se vê a força do pc”

Fonte: AFP

E o Freitas do Amaral também?

Na entrevista dada pelo Bastonário da Ordem dos Advogados ao jornal Público após visitar o Senhor Mário Machado na pildra (democrática, não nos esqueçamos) retive um facto que me deu voltas ao estômago.

Trata-se da revelação de que entre os livros apreendidos àquele Senhor (cerca de uma centena) estava o livro de Freitas do Amaral sobre Viriato.

Duas ou três reflexões:

a) vê-se (à distância) a ideologia do(s) responsável(eis) que procederam à apreensão e para quem ainda Freitras do Amaral é um "fascista". (não quero acreditar que seja só por burrice...)
b) Como é que um nacionalista tem livros desse Freitas na Biblioteca. De Marx, de Cunhal, de Trotsky, tudo bem, agora de Freitas????
c) Porque é que os nossos mimosos jornalistas não foram procurar o tal senhor professor para obter dele um comentário pelo facto de ter um dos seus livros apreendidos por ser de ideologia "nazi-nipo-fascista"? Eu sei que o estado de saúde dele não é o melhor, mas enfim ele deve ter-se revoltado com a "graça" (digo eu)

Apostilha: Recordo hoje, com grande prazer, um artigozinho que escrevi na altura em que o senhor professor defrontou nas eleições presidenciais um tal de Soares. Intitulava-se o texto "Amaral, mal por mal antes o Álvaro Cunhal". Deu celeuma. Mas revelou-se muito, mas muito verdadeiro e premonitório.

Meu Deus, como está a nossa Universidade

Um dos factos relevantes desta coisa do julgamento político que decorre agora em Lisboa é a verificação da evidência da falência total da Universidade (local de aprendizagem de saberes e não apenas de uns superficiais conhecimentos que podem ser adquiridos pela leitura de qualquer jornal, tipo Correio da Manhã, ou similar).

Como exemplo do que afirmo veja-se a seguinte tirada da acusação do digníssimo Ministério Público:

"é semelhante à ideologia perfilhada pelos neofascistas italianos e pelos neonazis britânicos e alemães"

Vocês leram bem. São palavras textuais. Vinham entre aspas no Público.

Só que quem escreveu estas palavras (em teoria alguém do Ministério Público - logo licenciado em direito) não se apercebeu bem do que estava a escrever, nem da ignorância por si revelada nestas poucas palavras.

Enfim cada país tem os licenciados que merece. Mas acho que nós devemos ser mais exigentes e devemos pedir exames muito mais rigorosos para o ingresso na carreira da judicatura ou do ministério público. Mas acho que não nos safamos. Caso contrário não haveria novos membros destes órgãos.

Enfim azares ...

Logo agora ...

... que há tanto para falar é que eu estou repleto de trabalho que me inibe ter sequer "cabeça" para escrever seja o que seja.

Estas últimas semanas têm sido prenhes em assuntos interessantíssimos, e eu mudo e quedo.

Mas vamos lá ver se consigo alinhavar meia dúzia de linhas sobre o mais relevante que se passa nos dias de hoje.

Não vou falar (com grande pena minha) de La Lys e do 9 de Abril, que tantos e tamanhos disparates ocasionou. Não vou ainda concluir a Marcelírica que eu ingenuamente pensava ter acabado há tanto tempo.

Também não vou falar do Iraque e dos 5 anos da guerra. Aqui sim há pano para mangas! (viram o estudo que os americanos estão a fazer sobre a forma portuguesa de fazer a guerra do ultramar, que consideram ter tido um sucesso imenso... e os nossos mimosos mfa e políticos conexos, bem como os jornaleiros do costume declaram uma guerra por nós perdida...). A este assunto, de tão iimportante eu vou voltar, sim senhor.

Mas falemos do que mais importante está a ocorrer. O julgamento do Senhor Mário Machado e demais trinta e tal nacionalistas. Julgamento político como várias pessoas tem afirmado.

Com a minha falta de tempo tenho acompanhado o "julgamento" apenas pelo jornal Público, único que tenho lido nas horas do almoço e em passo de corrida.

Sobre este acontecimento vou de seguida colocar dois ou três postais conexos.

Desculpem a falta de profundidade, mas não dá para mais.

Apostilha: depois do magnífico texto do Nova Frente pouco de relevante saberei escrever. Absolutamente a ver!

sexta-feira, abril 04, 2008

Premonitório




Têem alguma coisa a declarar antes de serem considerados culpados?

Apostilha: Não sei porquê, mas lembrei-me hoje disto...