domingo, abril 29, 2007

Knut Hamsum



Pelo grupo norueguês Lumsk - outra bela voz nacionalista



Dentro de cem anos tudo será esquecido - poema do Prémio Nobel da Literatura Knut Hamsum

sábado, abril 28, 2007

Um pouco de gozo, como o Goulart gosta

Ainda na onda do Goulart:

Antes e nos tempos obscurantistas (da idade média, ouvi outro dia um deles dizer) do "fascismo" o Pina Moura ia para a "prisa". Hoje com a admirável democracia e após a OPA victoriosa dos socialistas espanhois sobre o ps português, o Pina Moura vai para a Prisa.

Eu bem tentei achar uma piada para a Iberdrola mas só me saiu choldra, o que convenhamos não rima. Fiquemos pela Prisa.

A marcelírica

Pois hoje deu-me para o Goulart. Pena foi que não tivesse sido antes e com o destaque que ele merece. Infelizmente a doença venceu-o. E logo ele que ia sempre à luta.
Mas hoje quero fazer um apelo. E importante (para mim e para a história)
Como alguns sabem, nas mesas do Café Aviz, ali nos Restauradores e no edifício do Cinema Eden, Goulart Nogueira e Tomaz de Figueiredo reuniam-se nos idos de 69/70, executando maravilhosamente (a 4 mãos) um canto em forma de poema que deu brado na Lisboa de então.
Refiro-me à marcelírica, justa "homenagem" que estes dois vultos prestavam à "marchuetagem" marcelista que fazia a sua passagem pelo poder.
(não vem a propósito, mas quero recordar uma "boutade" de Manuel Maria Múrias no dia 28 de Setembro de 1974 quando acabadinho de ser preso pelos copcães deu de caras com alguns marcelistas da nossa praça que também tinham sido engavetados. A conversa passa-se em Caxias (local paradisíaco em que tantos dos meus leitores passaram uns tempinhos, nanja eu...): "Então muitos parabéns" disse Múrias para o César Moreira Baptista e outros da mesma laia. "Parabéns porquê?" retorquiram os Silvas e Baptistas. "Parabéns porque faz hoje anos que vocês tomaram conta desta merda!". Risos entre os nacionalistas presos. Esgares nos marcelistas. Cai o pano!)
Pois o meu apelo é simples. Como deverão saber naquela altura os poemas eram escritos alternadamente - estrofe a estrofe - por Tomaz de Figueiredo e Goulart Nogueira. Rodrigo Emílio passava-os à máquina de escrever. Algumas cópias eram distribuídas por outros camaradas que por sua vez os rescreviam à máquina com 4/5 cópias e assim sucessivamente.
(eu também dei muito ao dedo na velha Royal que havia lá em casa...).
Pois o que sucedeu é que nem nos papéis do Goulart se encontra actualmente uma cópia dessa saga. A única cópia que eu conheço encontra-se entre os documentos do Rodrigo Emílio no meio dos "milhões" de papéis dele.
Penso que seria um serviço público notável alguém que tenha uma das centenas de cópias -feitas com o método acima indicado - nos possa disponibilizar essa joia da literatura de escárnio e maldizar desses vultos da Cultura.
Ou publiquem-na na Net para que todos tenham acesso a ela e tenham o gáudio que eu tive quando a li e reli.
Bem hajam, antecipadamente.
PS (salvo seja): também não vem a propósito. Mas já que estou em maré memoralista não
quero deixar de recordar a refeição de Goulart Nogueira e dos camaradas que iam presos na camioneta dos copcães no dia 28 de Setembro: a refeição foi a agenda de capa dura com muitos e muitos nomes que Goulart resolveu comer a fim de evitar que mais umas centenas de camaradas fossem bafejados com a sorte de uma estadia de férias na localidade balnear de Caxias... E olhem que foi toda, capa incluída...

Saudades de Goulart Nogueira

Hoje em que tantos e tantos estão fisicamente perto do Goulart não quero deixar de recordar aquele a quem Rodrigo Emílio chamava, e com toda a propriedade, Mestre.

Que melhor homenagem do que colocar em linha alguma da sua poesia. Só lamento que a sua Opera Omnia não esteja ainda pronta para ver a luz do dia. Vão descobrir, tal como eu, um dos melhores Poetas portugueses do século XX.

Certo dia 29 de Maio de 1991, no Porto, Goulart Nogueira reescreveu o poema, "de memória", e endereçou-o:

"esta cópia manuscrita vai para o Rodrigo Emílio com muito afecto" .

Meu Deus! Só quando renunciar ao mundo
Abarcarei o mundo
Sei isto e muitas coisas mais
Que me dizem dos sítios onde vais.
Sei isto e os compêndios de escolar
Que ensinam os caminhos por Te achar.
Sei isto; e a inteligência mostra que é.
Só não sei o gosto ao amor.
Só não sei a força à fé.
Meu Deus Senhor! Renunciar ao mundo,
Nada querer pra Te querer a Ti.
Nessa empresa me gasto e me confundo,
Mas moras muito alto ou muito fundo,
Que sinto o mundo e nunca Te senti.
Ó dono dos exércitos - vencido!,
Inerte, quando a terra me conquista!
Só me chamas nas coisas escondido.
E eu nas coisas me perco, ó som perdido,
Ó eco enganador, ó falsa pista!
Meu Senhor, que encontrei na inteligência
E explicando o insucesso dos meus passos;
Que conheci - de nome - nos regaços
De Mãe, Tias e Avó - com negligência...
Senhor intemporal que não tens pressa,
Que envenenas os sítios onde beijo,
Que me afogas de dor no que desejo,
Meu Deus Senhor! Por onde se começa?

Parada de Gonta... E da sua casa de São José, Rodrigo Emílio retorquiu com esta "Saudação" dirigida
"ao meu bemquerido Mestre Goulart Nogueira".

Ó meu irmão siamês
meu irmão gémeo -
como eu, português e,
como eu, boémio:
- a teus braços me arremesso,
como quem se atira às águas,
procurando dar início a um bom congresso
de mágoas.
Se és um dandy,
cinge o fraque,
manda vir brandy
e cognac,
- que eu, pecador, me confesso
de nadar nas mesmas águas
do amor e do excesso
de mágoas.
Já das noitadas de sexo
pouco a pouco me despeço...
Já começo a alar das águas...
...E contigo as atravesso,
desafiando-te, em verso,
a um bom congresso
de mágoas.
Ó meu irmão siamês,
meu irmão gémeo -
- como eu, português
e, como eu, boémio:
faculta-me acesso
a terras e águas e
a um bom congresso
de mágoas.

Após o que, já em Lisboa, a 16 de Julho de 1991, Goulart Nogueira respondeu com este

"Recado em Prece", "inteiramente, e inédito, para o Rodrigo Emílio".

Pois, Rodrigo, te respondo
Num mesmo jeito de verso
Que, cada qual com seu estrondo,
Chegámos ao mesmo berço,
E um mais alto, outro mais baixo,
Um mais velho, outro mais novo,
Tomámos o mesmo enfaixo,
Como sendo o mesmo ovo.
Nem se nota a diferença,
Com tamanha luz acesa.
Espantosa é a parecença
E é semelhante a magreza.
Minguadinhos, desmedidos,
Cada qual seu rosicler...
Como são tão parecidos?
Como é que isto pode ser?
Marcas o lugar que eu marco,
Neste pinho que nos veste.
Nem sei se é berço, se é barco,
Se uma astronave celeste.
Órfãos, no campo enjeitado,
Velhinhos na escuridão,
Fazemos choro dobrado,
Presos na mesma aflição.
Se eu te pregar a partida
De partir antes que queres -
"Avé Maria bendita Entre todas as mulheres!" -,
E se tu me prespegares
Duas chapadas "zás! trás!"
Prosseguirei nos teus ares
Pra qualquer sítio que vás.
Se desarvorares, triste,
Mais negro do que um tição,
Correrei, de pranto em riste
A chamar-te: "Irmão! Irmão!".
Por enquanto, deixa, deixa!
Grão na terra... Sal no mar...
Não faças nenhuma queixa,
Tudo se há-de arranjar.
Pelos sóis, pelos buracos,
Arrastámos nossa cruz.
Tanta travessia aos nacos!
Tantos planetas, Jesus!
E, chegando ao mesmo berço,
Ó Virgem Santa Maria!,
Já, cada qual com seu terço, ~
Andamos pela agonia. ~
Que Nosso Senhor louvado!
Se nos traçou rumos tais,
Nos ponha aos dois, lado a lado,
Com brancas asas iguais.

Estou desiludido - Ou agora já nem se sabe ser bufo

Nas minhas deambulações pela rede dei de caras com um blog interessantíssimo. Trata-se de uma página em que se procede à denúncia dos nomes dos "fascistas".
Resolvi dar uma volta. Lá estavam os nomes de indíviduos fabulosos, muito bons, bons, assim-assim, maus e muito maus.
Aliás numa salada russa impressionante.
Juntamente com o Professor Brito, Goulart, Rodrigo Emílio, Luís Fernandes estavam (oh supremo sacrilégio) os nomes de muitos da cáfila marcelista, ou seja os "marchuetas" (quase) todos.
Mas o que a mim me danou foi que o meu nome não apareceu. O meu e de alguns outros que, penso eu, também deveriam estar na galeria dos facínoras. Oh, tamanha desfeita eu não aceito. Porem nomes de alguns que poucos meses ou anos tiveram de actividade e esquecerem tantos e tantos que "lutaram com ardor". Isto não se faz!
Pois é a crise deles é bem grande e já nem sabem ser bufos como deve ser!
PS (salvo seja): Em memória dos "marchuetas" do marcelo não quero deixar de colocar uma justa homenagem de Goulart Nogueira`aos Vossas Excelências que tinham a perna fofa.


... " eu tenho a perna fofa,
não tenho passo de alarve,
vou com Vossa Execelência
somente até ao Algarve"

sexta-feira, abril 27, 2007

Mais um pouco de beleza












O regresso do Sol de Odd Nerdrun

A derrota da Cultura



Alemanha 1945.
Por aqui passaram os que têm a superioridade moral ...

Coisas que vem do leste...



Pois é, do leste ex - comunista vem coisas que nós nem imaginamos.

Reparem nestes exemplos do empreendedorismo de alguns jovens capitalistas em busca do lucro fácil...

Só assim se justifica.

Agora um pouco de beleza - La Vey

Tudo menos Sarkozy - II




A mulher de Sarkozy declarou-se "honrada de não ter nem uma gota de sangue francês nas suas veias". É sua a opção dos orgulhos que tem ou deixa de ter.
Mas, convenhamos, para "primeira dama de França" (isto de chamar primeira dama à mulher do presidente é, para os republicanos, lapsus linguae do seu monarquismo escondido... A propósito, se ganhar a Segolene vão chamar primeiro damo ao marido?, ou apenas principe consorte?)... tem que se lhe diga. Então porque não concorre às eleições (com o seu marido) na Hungria, Israel ou Washington?. E porque não no Zimbabwe? (aí não porque branco não entra... racistas!!!)
Continuo a afirmar que o perigo da eleição de Sarkozy é a maior ameaça dos últimos anos para a Cultura e Tradição da Europa.

terça-feira, abril 24, 2007

Provaram um pouco do vosso veneno

Olá meu caro A.
Como prometi vou-te responder por escrito. Dei a minha palavra que o faria e eu nunca falto à palavra dada.
Increpaste-me por, no passado dia 18, ter glosado e gozado com a data do 25 do 4, relembrado à saciadade e à sociedade duas verdades pouco conhecidas. A saber: nessa data comemora-se o dia internacional do radio amador e o dia do contabilista.
Danado, ficaste danado, via-se na tua cara. Tu um homem de abril (como gostas de te auto intitular). E a revolução dos cravos?
Tu sabes bem o que nos separa (quase tudo) e o que nos une (um profunda aceitação das opções ideológicas de cada um). Para ti é um dia de alegria - (desculpa aí, mas agora vou ser mauzinho). Nunca nos teus e meus verdes anos sonhaste chegar onde estás. Ao 25 o deves. Ainda em tempos me disseste que agora bebias Barca Velha. Ao teu partido e à loja o deves como também reconheces. São opções de vida. Eu não bebo Barca Velha e não tenho pena.
Para mim é um dia de tristeza e de dor, de muita dor. Todos os anos choro os meus mortos e os hectolitros e hectolitros de sangue derramado na "revolução sem sangue" (como muito bem dizia o nosso inesquecível Rodrigo Emílio). No dia 26 ou 27 (não me lembro bem) disse-te que o que tu estavas todo contente a festejar era o fim de Portugal. Riste-te, lembro-me bem, hoje, contudo dás-me razão.
Como posso eu (ou qualquer verdadeiro português) celebrar em festa um dia de morte - de Portugal e de tantos e tantos portugueses?
Um dia, já distante é certo, quando te confrontei detalhadamente com a horrível sorte de tantos portugueses assassinados no pós 25, disseste-me "eram pretos, que se lixe". Nunca me viste tão bruto (acho eu). Hoje por hoje deves estar a pensar: se os anti bandidos sabem, quem vai de cana por racismo sou eu. E em boa verdade te digo, neste caso, era bem feito. Todos eles (os que enfrentaram ou o fuzilamento ou uma morte bem mais horrorosa por terem sido portugueses) merecem bem mais do que a nossa revolta. Merecem a nossa profunda e sentida homenagem. Também eles merecem ter entrado na Wahala. Merecem estar lá para me acolherem como acolheram o Rodrigo Emílio. Fraternamente, como se acolhe um Irmão de sangue.
Mas fugi já ao tema. A tua danação pelo gozo do "contabilista" e do "radio amador" (a propósito dia 25 também é dia da onu...)
Nesse meu postal desejei profundamente que provassem o mesmo veneno que vocês destilam. Como pensam que nós - os Portugueses - nos sentimos no dia 1º de Dezembro (dia da Restauração da Independência) quando os vossos medias ou mídias (ou lá o que é) e os vossos políticos, autarcas, ministros e Silvas, nos passam o dia a dizer que é o dia da sida. Sida de manhã, sida de tarde, sida à noite!!!
Pois é bebam e comam os contabilistas de manhã, contabilistas à tarde e (para desenjoar) os rádio amadores à noite!!!
Provem do vosso veneno e vejam que é bem indigesto!
PS: (no teu caso é bem escolhido) Publico este postal hoje porque amanhã estarei em respeitoso silêncio, relembrando o cabo Ali e os seus homens linchados por serem tão ou mais portugueses do que eu. Como vos recordo; como recordo o que aprendi convosco!

Canção para os Caídos



A voz e o piano maravilhosos da sueca Saga. Homenagem a Ian Stuart.

Em honra de todos os camaradas caídos na luta!

Tudo é Europa e Tradição servido pela melhor voz nacionalista europeia.

Lembra-nos que todos nós também por vezes podemos ouvir o chamamento da Wahala. E que para sempre ficaremos juntos dos nossos irmãos!

Tudo menos Sarkozy

As eleições em França já deram o que tinham a dar.
Le Pen, apesar do apoio massivo de toda a direita nacionalista, com excepção de uma pequena franja, só (?) (tomara o Soares alguma vez na vida ter tido tantos votos) teve um pouco menos de 4 milhões de votos. Perdeu 1 milhão em relação às eleições de 2002. Logo toda a esquerda declarou-o derrotado para todo o sempre.
Mas isso é história passada.
O que se joga hoje em França - e que de qualquer modo vai ter enormes repercussões em Portugal - é o duelo entre o diabo e belzebu. Venha o demo e escolha.
Parece-nos óbvio que para a Europa e para Portugal o mal "menos péssimo" é o da vitória da socialista. Com efeito sarkozy é o homem do eixo Paris - Wahington - Telaviv. A sua vitória deslocaliza a Europa para o lado dos americanos, sem qualquer honra nem proveito. Irá, também, exarcebar os árabes contra os europeus em geral. E isto quando pensavamos que os Berlusconis desta Europa tinham desaparecido. Os lobbys não o deixaram e a caminhada do bicho foi bem preparada. Quando chamou "racaille" (canalhas) aos marginais emigrantes não o fez por acaso (não foi um lapsus linguae, conforme alguns jornalistas portugueses disseram na tv). Essa frase deu-lhe um milhão de votos.
Mas agora é que a porca torce o rabo.
Pierre Vial, bem como outras figuras de peso do campo nacionalista vieram já afirmar que votarão Segolene e que o voto dos patriotas deve ser nela ou na abstenção. Mais uma vez os nossos jornalistas, que gostam de fazer contas de cabeça, contabilizam os votos da FN ao lado de sarkozy e isto para provar que o gajo ganha. Se calhar vão ter uma surpresa.
Segolene pode ser um mero produto de marketing, não será capaz de implantar o seu programa eleitoral (não há dinheiro que chegue). Levará a economia para o charco, haverá atrasos no mirífico "arranque económico da europa dos tostões", Portugal e como o mais frágil parceiro desta Europa dos mercadores será uma vez mais prejudicado com mais do mesmo: "a crise do costume".
Mas cá para mim prefiro meter mais água na sopa e aguentar-me mesmo mal do que uma irreversível caminhada (uma OPA se preferirem) do que resta da Europa para as mãos do lobby Washington - Telaviv.

segunda-feira, abril 23, 2007

Os quadrilheiros da Inteligência

É a última vez que vou falar deste assunto.
Mas garanto-vos que fiquei danado com "os quadrilheiros da inteligência"* que andam para aí a apreender livros.

Para que depois não se queixem a dizer que não sabiam, transcrevo:

Declaração Internacional dos Direitos do Homem

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e também o direito de procurar, receber e distribuir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias, por qualquer meio de expressão.
Artigo 19 - adoptado pela ONU´(10 de Dezembro de 1948)

(*) Como a cultura deles é - já vimos e está demonstrado - colossal, antes que eles me ponham um processo em cima, esclareço as preclaras mentes dos combatentes que pedi emprestado esta expressão ao título de um livro de um escritor dos finais dos anos 50 do sec XX (Mário César Ferreira). Nesse livro (delicioso aliás) o escritor fala-nos da "polícia do pensamento" implantada pelos neo-realistas que viviam em Portugal e que reprimia culturalmente todos os que não obedeciam à cartilha comunista.
Como os combatentes devem muito bem saber a expressão "quadrilheiro" refere-se a um corpo de polícia e não tem outra qualquer conotação. Aliás como já devem ter lido Heideger saberão muito bem que a palavra deve obedecer ao conceito e o conceito à palavra.

Ezra Pound

Há 49 anos Ezra Pound foi libertado do Hospital Psiquiátrico em que se encontrava preso desde 1946. Doze longos anos de prisão, antecedidos de alguns meses preso em Pisa e dos quais 25 (sim vinte e cinco) longos dias exposto numa jaula de gorilas do Zoo daquela cidade italiana. Os soldados americanos tratam bem dos seus prisioneiros... Os nossos é que ainda não se lembraram dessa...

Dia Mundial do Livro

Hoje é dia mundial do livro. Em Portugal as comemorações começaram outro dia com os combatentes aos bandidos a mostrarem na TV o seu zelo. Como acham que ler é crime apreenderam os livros que puderam.
E como os nossos intelectuais e plumitivos da esquerda e da treta não tugiram nem mugiram, abriu-se um caminho de não retorno. Sim porque a partir desta data quem ler e possuir livros é criminoso!
Que falta faz em Portugal - hoje mais do que nunca - Natália Correia.
PS (salvo seja): um dia destes sou capaz de contar umas histórias que eu cá sei sobre as atitutes corajosas de Natália quando soube que "eles" apreenderam livros e quiseram engavetar o Rodrigo Emílio.
NB: Um Homem Livre, um Espírito Livre nunca, mas por nunca ser pode ser engavetado! Será sempre um Homem Livre ao contrário de alguns metecos que por aí vegetam convencidos que são livres por não estarem na cadeia.
Por vezes ser preso é uma honra. E estar do outro lado é motivo de opróbio.

sábado, abril 21, 2007

Fábula hodierna

Senhora Ministra da Cultura,
Excelência:

Tenho acompanhado com algum interesse a sua actuação bem como a do seu hermenêutico secretário de estado.
Como sou bom rapaz e trabalhador e estou preocupado (tal como o seu bem amado chefe Sousa) com o défice das contas públicas venho-lhe dar, se me dá licença, uma série de conselhos que penso possam minorar as contas "deste país" (antigamente chamado Portugal).
Quando no outro dia vi na televisão os resultados da operação policial contra os nazis fiquei siderado. O nível cultural dos polícias da Direcção que combate os bandidos é, no mínimo, piramidal! Isto nem na Patagónia superior!!!
Pois acho que a partir deste momento lhe posso dar umas dicas de como pode poupar umas massas que assim pode empregar na região do Porto.
Não acredita:
Veja onde pode poupar:
Em S. Carlos não precisa de nenhum alemão (da ex-RDA) a ganhar 2.000 contitos por mês. Lá nos combatentes aos bandidos acredite que há muitos que sabem muito de ópera (de todo o tipo até de opera buffa). E olhe que eles não ganham essas massas todas.
Para Director da Biblioteca Nacional então é melhor nem falar. Qualquer agente combatente aos bandidos (mesmo que seja auxiliar) é melhor em literatura que qualquer universitário que a senhora possa nomear. E custa muito menos.
E assim sucessivamente. Mas dou-lhe mais umas ideias (de borla):
Porque não organizar uma conferência internacional em Portugal para revelar a grande descoberta dos portugueses (combatentes aos bandidos). Sim porque informações destas valem muito dinheiro! Qual a descoberta, qual? Pois eu depois de ver a tv também já sei: que há judeus nazis (isso mesmo). Pois os valorosos e corajosos dos combatentes ao banditismo descobriram que os senhores Oswald Winter e Israel Shahak (judeus de gema) também tinham escrito livros nazis. Isto nem o Mossad, a CIA, o MI 5, o SIS, tinham alguma vez descoberto!
E isto sem antes termos de doutorar honoris causa esses colossos culturais dos combatentes que ao fim destes anos todos deram razão a Estaline. Orwell era mesmo nazi. O Zé dos bigodes agradece profundamente.
Mas há mais. Soubemos que há milhões de americanos nazis. Então não é que uma das bandeiras (nazis, é claro) exposta era a da Confederação. Que hoje é içada em vários estados dos américas lado a lado com a oficial deles. Milhões e milhões de nazis na América. Deus nos valha.
Mas eles descobriram-no. Honra e glória para eles!
Viva a cultura. Viva!
Moral da fábula: Quem te manda sapateiro...)
NB: O autor deste texto só condena a Polícia e as suas chefias pela falta de qualidade cultural dos seus agentes que permitem dar ao país uma imagem de falta de rigor e de absoluto desconhecimento da cultura.
A polícia não devia pode apreender livros. Armas, etc. muito bem estou de acordo. Bandeiras e autocolantes também, etc. Mas livros? Não há que eu saiba nenhum index de livros proibidos em Portugal. Só por estupidez se apreendem livros, e os Juízes que não os mandam imediatamente devolver aos seus legítimos proprietários estão coniventes com esta violação de todos os valores da civilização ocidental. Uma das coisas que sempre me engalinhou na pide foi o facto de eles apreenderem livros. Parece que o virus da apreensão de livros ficou nas polícias portuguesas. Até quando? Até sempre camaradas! (como alguém diria!!!)

sexta-feira, abril 20, 2007

Ajudem-me por favor. Estou feito!

Acordei esta noite num estado de agitação enorme. Suores frios, tremuras, sei lá.

O que foi, o que foi?

Pois a verdade é que tendo-me deitado cansado do trabalho, mas sem preocupações, o que teria levado a este estado em que me encontrava.

Cedo percebi. Pois eu estava preocupado com os meus livros. Não com aqueles que me foram roubados, mas sim com aqueles que eu ainda tinha. Sim porque desde as imagens televisivas da apreensão dos livros aos "nazis" que o meu inconsciente me dizia: "cuidado que se eles virem a tua biblioteca é certo e sabido que vais dentro - ai vais, vais".

Corri para os livros. Para os que sobraram. Passeio-os um a um. Nada de grave. Eram livros de arte, de fotografia, alguns de história religiosa e de religiões. Uns quantos de Sociologia e Ciência Política. Um ou outro de poesia. Confirma-se nada de grave.

Voltei a deitar-me. Mas não consegui dormir. Algo me dizia: vai ver bem outra vez.

Fui e fiquei em pânico. Desta vez é que vou dentro!!!

E querem saber porquê, eu passo a explicar.

Peguei num livro de poesia do Cesariny e imaginei-me face a um daqueles colossos culturais que se aboletam no "combate ao banditismo" e aos seus brilhantes raciocínios: "bem é de um tal cesariny, o nome é italiano, a Itália era a terra do fascismo, o gajo que lê isto é nazi, engavetem-no". Bem, pensei eu, o livro do Cesariny vai para o ecoponto. Peguei noutro. Este de história de arte. Sobre a pintura da Escola do Porto. "Escola do Porto. Terra do Pinto da Costa, das claques de futebol. Os nazis estão infiltrados nas claques, o gajo é nazi, engavetem-no". Isto não me pode estar a acontecer, pensei eu. Tem calma que as coisas não podem ser tão más. Vejamos outro livro (este é de fotografia do Newton). Aqui não há problema! Folheei-o. Pronto lá estou eu outra vez feito. O livro tem fotos de nús e é um culto ao corpo. "este tipo de culto surgiu com os nazis, o gajo é nazi, engavetem-no". Peguei noutro era sobre Portugal e Concílio de Trento. Aqui é que não pode haver problemas, pensei eu na minha boa fé. "qual quê, o concílio de trento foi contra a reforma, logo é pela revolução, confirma-se o gajo é nazi, engavetem-no". E foi assim a noite toda. Qualquer livro em que eu pegasse, lá ia eu engavetado.

Tomei a decisão. Amanhã de manhã todos estes livros, mas absolutamente todos vão para o ecoponto. Assim estou salvo!

Mas alto aí. Se os combatentes ao banditismo vem cá casa e descobrem que eu não tenho nem sequer um livrinho, estou feito! "se não tem livros é um inculto, um básico, logo é nazi, engavetem-no".

Bem já em pânico decidi acalmar-me para ter capacidade de raciocínio. Até que cheguei à solução. Deito todos os livros fora compro um do Saramago e eles assim já não me engavetam. "isso é o que tu querias, então um gajo que lê saramago é de certeza masoquista lá daqueles do sado-masoquismo, que se vestem de cabedal e roupas nazis. como é óbvio o gajo é nazi. engaventem-no"

Pois este é o meu drama. Ajudem-me, digam-me o que devo fazer, eu já não sei.

E olhem quando me forem ver à cadeia não me levem nenhum livro, se faz favor!

quinta-feira, abril 19, 2007

O triunfo dos porcos

Uma imagem vale mais do que mil palavras!

A imagem da TV da apreensão de livros subversivos aos "nazis", com o Triunfo dos Porcos em primeiro plano é elucidativa.

Parece que ganharam os porcos.

PS: O nível cultural dos da Direcção de Combate ao Banditismo é excepcional. Devem ter tirado o curso na independente ...

Porque a vida é um combate

Recado (só) para alguns

Porque a vida é um combate

combate contra os males do mundo

Combate contra os males do século

Combate contra nós própios - os nossos egoísmos

Afirmemo-nos e mantenhamo-nos.

De pé no meio das ruínas!

quarta-feira, abril 18, 2007

Vem aí o grande, o enorme, o colossal dia

Pois é Portugueses.

Rejubilemos.

Vem aí o grande, o enorme, o colossal dia:

Eu cá para mim juro-vos que vou comemorar!

Dia 25 do 4 é que é!

Vamos todos comemorar (em uníssono para ser melhor e mais bonito) a grande data.

Não se esqueçam: Dia 25 comemora-se o:

Dia Internacional do Rádio Amador

e não só!

espantem-se. também se comemora no Brasil:

O Dia do Contabilista!

Foto pouco conhecida




Mão amiga fez-me chegar esta foto (muito pouco conhecida).

Trata-se da visita de um jovem Leon Degrelle ao Alcazar de Toledo em Janeiro de 1939. A Guerra de Espanha ainda não tinha terminada. Sabem que na mesma data Hérgé visitava também a Espanha Nacionalista preparando (sabe-se lá; não há documentos que o provem) uma aventura de Tintin no país dos vermelhos. A informação foi-me dada por um "camisa vieja" que fez a segurança dos belgas que visitaram Espanha. O seu nome, já que entretanto faleceu, era Leocadio Jimenez. Grande amigo de Portugal e que tão bons e leais serviços prestou à resistência portuguesa nos idos de 74/75.

terça-feira, abril 17, 2007

Homens Livres


Somos preparados, desde o leite materno para todas as fraquezas e cobardias. As nossas mães cada dia da nossa morna existência, para isso nos preparam. Isto não obsta a que sonhemos com outro tipo de Homem. Os Homens Livres!

Devemos fortificar as nossas almas, seguindo o exemplo dos homens livres da antiga Roma e antiga Grécia. Devemos fazer nossas as palavras de Séneca de que a coragem diante da morte é a única virtude que todos nós estamos seguros de necessitar um dia, quando o caminho da vida (ladeado de túmulos dos nossos e dos Amigos) nos leva indubitavelmente ao túmulo final (o nosso)

Viver não é suficiente: o mais miserável ilota ou meteco foi capaz de viver. É preciso força para aprender a suportar os golpes da fortuna. Reagir. E por fim saber morrer!

Fui roubado



Pois é. Hoje estou completamente deprimido. Aproveitando uma casa com aspecto de semi abandonada um grupo de malandrins (não vou colocar aqui a cor deles, senão levo um processo em cima por racismo) resolveu visitar a minha casa e de lá levar tudo o que havia. Levaram uma camioneta de mudanças e tudo! Foram móveis, quadros, e tudo o mais que vocês imaginam.

Calculem a minha cara quando lá entrei e vi peças de roupa espalhadas pelo chão, um quadro (de pintura contemporânea, não devem ter gostado, ou então acharam que não tinha valor), cerca de 200 livros e mais umas bujigangas (a maior parte delas partidas). Até as fotografias da minha família levaram!!!!

Foi uma vida que me roubaram!

Mas não é disso que vos quero falar. O que vos quero avisar é que dentro em breve quer na Feira da Ladra de Lisboa, quer nos alfarrabistas vão aparecer muitos dos 1.783 livros que me faltam. E olhem que há obras muito boas. Toda a minha biblioteca marxista, de História de Portugal, Poesia, Literatura francesa, espanhola e italiana, Teatro, Nacional Socialismo e Fascismo, Integralismo, etc, etc., foi à vida. Estão quase todos assinados José Carlos. Aproveitem que muitos dos livros são impossíveis de encontrar nos dias de hoje.

Foram 44/45 anos a construir uma biblioteca que me destruiram! Não merecem perdão.

Desculpem o desabafo, mas hoje eu estou assim. Com a minha idade recomeçar tudo! Hoje por hoje sei que não sou capaz. Amanhã logo se vê.

PS: Os livros (todos) do Rodrigo Emílio também despareceram. Também as fotos do Pai dele e do meu desfilando lado a lado na Avenida da Liberdade integrados na Acção Escolar Vanguarda desapareceram (penso que para todo o sempre)

sábado, abril 14, 2007

De La Rey - Bok Van Blerk


No meu postal de 9 de Abril falei de um jovem grupo musical sul africano liderado por Bok Van Blerk. E principalmente da canção De La Rey.

Encontrei esta canção num sítio sul africano ligado ao ANC e ao Partido Comunista Sul Africano. Estava em busca de novidades sobre o que se passa nessa África do Sul que eu tão bem conheci nos anos 70 e então era próspera e segura.
O que lá se está a passar é demasiado mau para ser verdade. Voltarei ao assunto com a profundidade que o assunto merece.

Deixo-vos apenas uma pista. Ao contrário do que diz o cartaz do PNR se calhar (e se formos inteligentes) poderemos receber algumas centenas de famílias de agricultores boers, capazes (garanto-vos eu!) de colocarem Portugal novamente como país produtor de bens agrícolas!

Mas adiante...

Não quero deixar de vos dar uma tradução do refrão da canção (que mais uma vez e insistentemente vos proclamo para que a ouçam) que é um dos melhores hinos que eu conheço. Atenção VL, nonas e engenheiro!!!

Vem a galope

o leão do Transval

De La Rey, De La Rey

Vem por favor liderar os Boers

De la Rey, De la Rey

General, General, como um só homem

Morreremos juntos contigo

General De la Rey

O goim mendes e o goim Pio XII

A Igreja começa a tê-los no sítio!

Monsenhor Antonio Franco, alto dignatário do Papa em Israel recusou-se a participar nas comemorações da "shoah" em Yad Vashem, no território ocupado de Jerusalém.

Com este seu gesto (inédito!) o representante do Vaticano em Israel denuncia assim as mentiras vertidas nesse memorial contra o Santo Papa Pio XII:

"Faz-me mal visitar yad vashem e ver como nele está representado, desde 2005, o Papa Pio XII (na galeria daqueles que deveriam ter vergonha pelo que fizeram aos judeus (sic))

"Essa foto ofende toda a Igreja Católica! Foi isso que eu quiz fazer ver!!!"

Depois de porem a árvore ao justo "Vendedor de vistos Mendes" nada mais nos espanta!

quinta-feira, abril 12, 2007

"La fede vera" - Quem trai não será perdoado!



Amici del Vento - Concerto dos 20 anos - "Ritorno".

Porque me apetece!
Porque hoje deixei um tipo com a mão estendida na minha direcção.

terça-feira, abril 10, 2007

Aldeia da Roupa Branca


Com a devida vénia e confessando que roubei esta letra ao wehavekaosinthegarden.blogspot.com, aqui vai:

Cantem, por favor, com a música da Aldeia da Roupa Branca:

Ò povo nem tu sonhas,
Ai o Gago não mata,
Ai ’té lava diplomas,
Ai põe-nos cor de prata.

Três diplomas, um bacharel,
Sete exames, um Doutor,
Três notinhas no papel,
Que o freguês é um Senhor.

Engenheiro, sorridente,
Engenheiro que o curso aldrabou,
Universidade, Independente,
Povinho que o Sócrates enganou.
Um curso de engenheiro,
Vê lá bem tão lavadinho,
Influências ou dinheiro,
Vê lá bem, está aprovadinho.

segunda-feira, abril 09, 2007

A actualidade de Antonio Pedro

O aristocrata do espírito, pintor, ceramista, poeta, dramaturgo e teatrólogo português, o homem da Renascença: António Pedro.

O vilipendiado por Cesariny que nunca lhe perdoou o facto de não ser "bicha e não gostar de marinheiros", e por ter "traído" os Surrealistas.

Mas leia-se “Os Sete Pecados Mortais da Democracia”. Eram estes:

A soberba individualista;
A avareza capitalista;
A luxúria das palavras;
A ira revolucionária;
A inveja democrática;
A gula do orçamento;
A preguiça constitucional.

(Jornal Revolução)

Como é tão actual

A não perder ...




O que eles nos ensinam!

Passeando outro dia num sítio da esquerda dou de caras com esta magnífica canção. Eles estavam danados, é claro.

Mas vale a pena debruçarmo-nos um pouco sobre ela.

Bok Van Blerk é um jovem Boer da actual África do Sul. Jovem, quase que não conheceu o apogeu da República Sul Africana até à decadência que se instalou no país há quinze anos.

Farto da culpabilização dos boers face aos heróis da "pérfida albion" resolveu pôr em música os seus sentimentos. 100.000 exemplares do seu disco foram vendidos em poucas semanas. Já fez a sua "tournée" na Europa.

Mas o que é esta canção? É uma homenagem ao General Koos De la Rey um dos principais artífices da defesa da sua terra face ao expansionismo britânico. Lutou sempre pela sua Pátria. Foi morto a tiro pela Polícia em 15 de Setembro de 1914, já a guerra tinha terminado há anos.

Bok Van Blerk recorda-nos ainda um facto muito esquecido pelos que passam a vida a proclamar " a supremacia moral das democracias": foram os ingleses - na guerra contra os boers que instituiram os campos de concentração. E depois os nazis é que são os maus da fita...

Pallo Jordan ministro da cultura lá do sítio ficou danado e desejou proibir a canção. O Tribunal não deixou!

Bok Van Blerk, considera que esta canção não é política. Trata-se apenas de tornar os afrikaners orgulhosos da sua história e do seu passado.

Ou como diria o tal sítio de esquerda. O folk para vencer os blues do Apartheid.

quarta-feira, abril 04, 2007

Justiça, ah! ah!



Julien Quemener. Teve azar - era branco em Paris, o que cada vez é mais perigoso.

Estava no enfiamento de um marroquino (que também levou um tiro) quando um (aparentemente civil) antilhês sacou da pistola e deu alguns tiros.

Julien morreu de imediato e o marroquino (Mounir Bouchaer, 26 anos) foi parar ao hospital. O problema. Tinha havido um jogo de futebol em França entre uma equipa europeia e uma asiática (Israel) para uma taça Europeia. (Esta eu não consigo perceber! O que é que uma equipa asiática faz numa taça europeia? Só se for por motivos racistas, por eles também serem brancos. E então onde é que está o SOS Racismo?!!!).

No final do jogo um argelino fez insultos "racistas e anti-semitas" contra um francês (que também era judeu). O bom do antilhês perante isto puxou da pistola e aí vai disto. "pum,pum, pum - cada bala mata um".

Bem ontem foi lida a sentença do tal polícia. Socorro-me das notícias publicadas no L'Express de 3 de Abril. Não não se trata de um pasquim do Le Pen. Trata-se do mui socialista l' Express.

E querem saber o resultado do julgamento (estou certo que já adivinharam...). Cinco meses de prisão, com pena suspensa. E o mais giro de tudo é que continua na Polícia. Tal 007 com ordem para matar quando e onde quiser.

Mas vale a pena saber quem era o tal polícia antilhês, que como já devem ter compreendido é de raça negra (o que explica toda a impunidade do bicho...)

Em Outubro de 2005 o bom do Antoine Granomort denunciou aos seus colegas que tinha sido vítima de um rapto, de violação colectiva por um grupo de malandrins, e que o obrigaram (pobre dele...) a passar um cheque de 15.000 € da conta do seu sogro.

A Judiciária lá do sítio demonstrou, contudo, que este relato (confirmado segundo o antilhês pelas relações anais sofridas) não era senão uma maquinação para sacar os 3 mil contitos ao desgraçado do sogro. Antoine Granomort confessou a sua mentira invocando que devia aquela verba a uns traficantes de droga a quem tinha dado uma banhada no ano de 2001 (segundo a sua versão dada em tribunal).

Ora o Tribunal considera que um Polícia que é homosexual, traficante de droga, mentiroso, que não estava de serviço no dia do assassinato de Julien (segundo ele estava no Mac Donald's local), burlão, e tudo o que ainda não se sabe, é perfeitamente digno de se manter em serviço (com uma pistola distribuída). E tudo isto porque tinha já reembolsado o prejuízo das famílias das vítimas estipulada, bem como ao seu sogro. (O emprego de polícia em Paris deve ser muito bem pago...)

O Tribunal levou em consideração o facto de os psicólogos terem garantido que não existia o risco de recidiva!

Faço uma provocação, se me dão licença.

E se a história fosse ao contrário. Um polícia branco em vez de Granomort, um preto em vez de Julien. Um insulto anti fascista em vez de um insulto anti semita. Os antecedentes eram iguais (ambos escroques).

Acham mesmo que a sentença era igual?

terça-feira, abril 03, 2007

Dever de Memoria



Florrie Rost Van Tonnigen morreu no passado dia 24 de Março. Tinha 92 anos.

Nunca por nunca ser renegou as suas ideias e as do seu marido. Morreu ostracizada, mas fiel.

A sua Honra foi a sua Fidelidade



E eles ainda se admiram...

OS CANALHAS ...

Como vai a sua anca? E o seu cancro?

Foi assim que o jornalista do Canal Plus, Pascale Clark, recebeu Le Pen para a entrevista sobre as eleições francesas.
E depois não querem que lhes chamemos pelos nomes que merecem!
Aliás uma reflexão sobre o assunto:
Hoje em dia - e face ao circo mediático imposto pela cosmocracia - o continente é muito mais importante que op conteúdo. Melhor dito: uma imagem jovem, bonita, bem aparelhada vale mais que mil ideias. Veja-se Marques Mendes e a sua fraca figura face ao licenciado em engenharia bem vestido, penteado e arranjado pelos assessores.

Isto merece um postal mais desenvolvido. Recordo, contudo, uma situação passada nos EUA nos anos 1970/80 em que um jornalista perguntava a um presumível candidato a Presidente se ele avançava ou não. A resposta foi fulminante. "Não sou suficientemente bonito para concorrer"!!! Tudo dito. Mais claro é impossível.

Eu sou mauzinho... de quando em vez




Pois é. Afinal os assessores conseguiram a prova que o indivíduo é mesmo licenciado. Foi tão bom aluno que até lhe fizeram uma estátua à porta da faculdade independente (viva o grande presidente josé eduardo dos santos!!!).

A imagem foi roubada de um blog que eu adoro: wehavekaosinthegarden.blogspot.com

segunda-feira, abril 02, 2007

E nós a vê-los passar


Pois é. Parece que é este mês. Os americanos vão atacar (de surpresa e durante umas horas) o Irão.


Todos os acontecimentos dos últimos meses o indiciam.

Depois do enorme erro estratégico do Iraque os americanos (que abriram a caixa de Pandora) pensam tudo compor com este ataque.

Mas expliquemos melhor este raciocínio.

Os árabes (mais propriamente os sunitas) tiveram sempre como inimigos fidagais os persas e os turcos, actuais grandes beneficiados da guerra do Iraque.

Os donos do Império conseguiram agora tirar o coelho da cartola e unificar os estados sunitas com a promessa de consenso com Israel para tudo voltar às fronteiras de 1967. Para isso vão reunir-se na Arábia Saudita. Como contrapartida os sunitas e wahabitas darão luz verde aos do Tio Sam(uel) e sus muchachos para destruírem a capacidade nuclear dos persas (muito incipiente senão eles não iam lá...). Petróleo a 100 € a muito curto prazo, como veremos, são danos colaterais e durante uns poucos de meses (ou poucos anos no pior caso) que têm a vantagem de ajudar a pacificar o Iraque e sobretudo garantir que a única potencia atómica na área seja a dos Judeus. (O Império romano no seu melhor...)

Vem a propósito citar dois textos de dois dos meus autores preferidos. Céline e Saint Loup.

“Esquadrilhas e esquadrilhas, dilúvios e dilúvios, bombas, vulcões extintos, reanimados, bombas de fósforo, tapetes de bombas, destruição. Ulm já completamente destruída, eles não vão já recomeçar ... O mundo estará somente tranquilo quando todas as cidades estiverem completamente destruídas, e já...!" (Céline D'un château l'autre)

“Quando se trata de explicar as causas de uma guerra todos os beligerantes têm razão. Cada qual é detentor do direito, explicação divertida porque precisamente o direito em si não existe. È a força que o estabelece, logo o direito só pertence ao vencedor”.
(Saint-Loup, Le Boer attaque, 1981)