sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Sem papas na língua

Hoje é 23 de Fevereiro. A minha homenagem a Tejero. Devia colocar aqui o fabuloso poema de Rodrigo Emílio, que convocou os heróicos cadetes do Alcazar, sob o mando de Moscardó para ensinar a Tejero a coragem de não estar só. Mas penso que todos o conhecem.



Apenas desejo reter as palavras do Tenente Coronel Tejero no final do seu julgamento. Fica tudo dito!

«Quiero que mis últimas palabras sean para manifestar a GRAN PARTE DE LOS MANDOS DEL EJERCITO mi más profundo desprecio por su entreguismo, su cobardía y su traición a la Patria».

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Explicação Sociológica



Depois do 11 de Setembro em Nova Iorque e do 11 de Março em Madrid, também tivemos o nosso 11 de Fevereiro.

"Superioridade moral"

Segundo Mário Soares as democracias têm superioridade moral. Dresden prova-o.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Hipócritas




A todos os que choraram baba e ranho aquando do assassinato de Saddam Hussein e depois foram alegremente votar sim dedico este título.

A Razão mesmo que derrotada não deixa de ser a Razão



Ouçamos a Lacrimosa do Requiem de Mozart. Direcção Claudio Abbado. Concerto comemorativo dos 10 anos de morte de Von Karajan. Faz-me bem.
Neste dia vitorioso para os três pontinhos estar junto do Mozart dos últimos dias (já completamente fugido da teia deles) é retemperante para a alma.

sábado, fevereiro 10, 2007

Waldgänger - A Floresta onde sopra o vento do espírito


Desde anteontem que tenho pensado muito em Jean Mabire. Recordo, sobretudo, todas as descobertas que ele me proporcionou sobre os valores profundos e perenes da civilização europeia.

Apeteceu-me reler Heidegger. Para o Filósofo a relação com a terra natal é o fundamento de toda a verdade. Reli os seus escritos pensados na sua "Die Hutte" (a cabana) em Todnauberg, em plena Floresta Negra.

Penso em Holderlin e em Ernst Junger. E penso em tudo o que de místico está associado à Schwarzwald, onde os irmãos Grim se inspiraram para os seus contos da infância e do lar. Foi lá que se perderam Hansel e Gretel.

A doutrina das florestas é de velha cepa. É uma lição em que o Homem se reencontra a si mesmo. Encontramo-la em Ernst Junger no seu "Tratado do Rebelde ou o recurso à floresta". A palavra alemã Waldganger é aqui traduzido por rebelde. Junger foi pedir este conceito emprestado a um velho costume da antiga Islândia. O proscrito escandinavo da alta Idade Média tinha direito ao recurso à floresta. Aí se podia esconder e viver livremente. Tinha contudo como contrapartida a possibilidade de ser morto por quem quer que o encontrasse.

Jünger faz do rebelde uma figura ideal: tornamo-nos Waldgängers por nossa escolha, descobrindo voluntariamente o espírito livre dos homens livres. O recurso à floresta não é, pois, uma fuga. É um renascimento, um regresso verdadeiro às origens.
Para Ernst Jünger quando "todo um povo prepara o seu recurso à Floresta, torna-se numa potência indestrutível".

Penetremos, pois, com uma exaltante determinação no interior da Floresta.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Saga - Tomorrow belongs to me



Esta canção é para ti JEAN MABIRE.

A voz é da nórdica Saga. Tudo o resto é Europa e Tradição.

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Jean Mabire - 80 anos



Jean Mabire faria hoje 80 anos.
Em 1945 tinha apenas 18 anos o que o impediu de lutar numa Europa em derrocada. No entanto não esqueceu - antes permanentemente relembrou - todos aqueles que estiveram do lado dos vencidos (mas não convencidos). Fiel à sua Normandia natal, nunca deixou o combate até que a morte sobreveio em 29 de Março de 2006.
Jean Mabire - PRESENTE

Poemas de Fresnes - parte III

Poemas de Fresnes - parte II

terça-feira, fevereiro 06, 2007

Frente a morte - Brasillach - 6 de Fevereiro de 1945


Sob as balas assassinas da República, o ditador De Gaulle consumou a ignomínia do assassinato de Brasillach.
Tal como a República já tinha assassinado outro Poeta - Andre Chenier - aos republicanos só faltava a suprema afronta de o fazer no dia 6 de Fevereiro, data em que os patriotas tinham saído à rua onze anos antes.

La Mort en face

Se tivesse tido vagar, com certeza que escrevia com este título a história dos dias que vivi na cela dos condenados à morte em Fresnes. Diz-se que não se olha de frente nem para o sol nem para a morte. Mas, por mim, tentei. Nada tenho de estóico e custa muito arrancarmo-nos ao que amamos. Tentei, no entanto, não deixar uma imagem indigna àqueles que me viam ou pensavam em mim.
Os dias, especialmente os derradeiros, foram ricos e plenos. Já não tinha muitas ilusões, sobretudo depois que soube da rejeição do meu pedido de indulto, que, aliás, previ. Terminei o pequeno trabalho sobre Chénier e escrevi ainda alguns poemas. Uma das minhas noites foi má e, de manhã, ainda velava. Mas, nas noites a seguir, dormi muito sossegadamente. Nas três últimas, em todos os serões, reli a narrativa da Paixão em cada um dos quatro Evangelhos. Rezei bastante e era a oração, bem sei, que me dava um sono tranquilo. De manhã, o sacerdote veio trazer-me a comunhão. Pensava com doçura em todos os que amava, em todos aqueles que encontrei na minha vida. Pensava, com desgosto, no desgosto deles. Mas tentava, o mais possível, aceitar.

(no dia do seu fuzilamento, 6 de Fevereiro de 1945)

Robert Brasillach
(tradução de Goulart Nogueira)

6 de Fevereiro de 1934